O transporte público nas regiões do Sol Nascente e Pôr do Sol é atendido por apenas 30 linhas de ônibus, e a população vem enfrentando ainda mais dificuldades ao tentar se deslocar aos fins de semana. A circulação chega a cair 79% aos domingos, quando comparado com dias úteis.
O dado faz parte de um trabalho de levantamento da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, presidida por Max Maciel (PSol). As informações colhidas e analisadas na Comissão apontam uma queda significativa da oferta de serviço de ônibus no Sol Nascente e Pôr do Sol nos dias de sábado, domingo e feriados.
Na prática, o termo técnico “oferta do serviço” significa a quantidade de vezes em que o ônibus da mesma linha é ofertado à população. Nos sábados, quem precisa do transporte público naquelas regiões sofre com queda de 49% da oferta. Nos domingos e feriados, a queda é de 79%.
São duas empresas que atendem as cidades do Sol Nascente e Pôr do Sol, a São José e a Marechal. Somadas as linhas de ambas, 8 sequer operam sábado e 15 não rodam no domingo.
Câmara vai às cidades
Nesta quinta e sexta-feira, a Câmara Legislativa vai realizar as sessões na Região Administrativa do Sol Nascente e Pôr do Sol. A iniciativa faz parte do projeto Câmara nas Cidades, que busca aproximar a Casa das várias comunidades do Distrito Federal.
Durante esses dois dias, as atividades do Poder Legislativo serão realizadas em um espaço montado na Chácara do Padre, Quadra 202, Área Especial, Trecho 2, do Sol Nascente, com uma programação especial dedicada a ouvir a população e discutir soluções para os problemas da região.
Na sexta, a partir das 14h, o local recebe a audiência pública “Mobilidade Urbana como Direito à Cidade”, de iniciativa do presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, o distrital Max Maciel. Na audiência, a Comissão vai apresentar um estudo realizado sobre a situação do transporte público na Cidade do Sol.
“Constatamos que existem linhas no Sol Nascente que rodam poucas vezes ao dia, que só passam em determinados horários ou somente nos horários considerados de pico. Essa é uma lógica excludente que só recebe a periferia no chamado centro se for para servir, enquanto aos fins de semana a oferta de linhas diminui drasticamente, confirmando que o direito à cidade a essas pessoas é negado”, explica Max.
