Após bolsonaristas divulgarem que o indígena Cacique Tserere teria sofrido uma parada cardíaca no Complexo Penitenciário da Papuda, nessa terça-feira (3/1), a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) informou que o preso está em “perfeitas condições de saúde”.
Em publicação nas redes sociais, a esposa do indígena, Sueli Xavante, comentou que Tserere ficou “muito ruim dentro do presídio”, mas estava passando bem. Depois do post, apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) compartilharam que o cacique poderia ter sido “envenenado” e “eliminado”.
A ex-deputada federal, Silvia Waiãpi, escreveu que Tserere teria sofrido parada cardíaca por uma possível “alteração metabólica relacionada a uma suposta diabetes não insulínica”.
Veja publicação
o informe de que a equipe médica foi acionada para atendimento de emergência em uma PCR por possivel alteração metabólica relacionada a uma suposta diabetes não insulinica! Estranho! Mas que ele havia sido atendido! Ainda aguardando mais informações.
— Silvia Waiãpi (@silviawaiapi) January 3, 2023
Um Guerreiro como Tserere Xavante gozando de perfeita saúde jamais teria uma PCR… a não ser se fosse envenenado ou eliminado!
— Silvia Waiãpi (@silviawaiapi) January 3, 2023
Em nota, a Seape informou que o indígena é diabético e está sendo acompanhado diariamente pela equipe de saúde da unidade prisional. A pasta relatou que não houve qualquer intercorrência na terça.
Leia nota na íntegra
“A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) e a Secretaria de Saúde informam que o custodiado J.A.S.X.(42anos) encontra-se em
perfeitas condições de saúde.
O referido reeducando é diabético e está sendo acompanhado diariamente pela equipe de saúde da unidade prisional. Destaca-se que não houve qualquer intercorrência na data de hoje.
A Secretaria de Administração Penitenciária e a Secretaria de Saúde se colocam à disposição para esclarecimentos adicionais”.
Saiba quem é o Cacique Tserere
Evangélico e autodenominado pastor, José Acácio Serere Xavante ganhou notoriedade entre grupos bolsonaristas desde que as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército começaram em Brasília.
Cacique Tserere é pivô do quebra-quebra em frente à PF
Sempre sem camisa e com o corpo pintado, ele costuma ser filmado criticando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e afirmando que teria havido algum tipo de fraude na eleição que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a Polícia Federal (PF), o indígena teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde está hospedado o presidente Lula (PT).