Após a confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecido como “Mal da Vaca Louca”, no Pará, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF descartou qualquer risco da doença no Distrito Federal.
De acordo com a pasta, a vigilância do Serviço Veterinário Oficial Distrital é feita rotineiramente e são atendidas as notificações suspeitas de síndrome nervosas nos animais de interesse pecuário. “Destaca-se que todas as análises de amostras DF foram negativas até o presente”, informou em nota.
A Seagri acrescentou que não há animais importados no DF, o que reduz o risco sanitário para o rebanho local. Atualmente, o Distrito Federal conta com 85.447 bovinos. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, Fernando Cezar Ribeiro, também foi na mesma linha. “A possibilidade de um animal contaminado aqui é mínima”, afirmou.
Fiscalização em abatedouros
Além do monitoramento no campo, há fiscalização na hora do corte. “Os abates ocorrem com o controle dos animais a serem abatidos. Se houver a suspeita de qualquer doença, o animal é sacrificado e sua carne não é consumida”, detalhou Ribeiro.
No entanto, a Seagri informa que há apenas um frigorífico de bovinos registrado e sob controle da Pasta no DF. Em nota, a secretaria explica que os frigoríficos registrados realizam a eliminação do material de risco específico. “A medida objetiva mitigar o risco da entrada da doença na cadeia da alimentação. Esses materiais são destinados a graxaria, a fim de não serem voltados ao consumo”.
Preço da carne
De acordo com a federação, o caso no Pará pode influenciar os preços da carne. Isso porque, segundo o presidente, é possível que haja interferência nas exportações do produto e, assim, um maior consumo interno. “É um caso atípico e que pode influenciar o país como um todo a depender do mercado”.
Entenda o caso
Em 20 de fevereiro, a o Ministério da Agricultura e Pecuária informou a investigação de um caso de mal da vaca louca no Brasil. De acordo com o órgão, trata-se de um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no interior do Pará. O Mapa ainda alega que tem adotado todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras. Segundo a pasta, o animal era criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local.