Informações recebidas pela Câmara Legislativa (CLDF) denunciam que um trecho dos trilhos do metrô do Distrito Federal rachou, na altura de Ceilândia. A situação abriria a possibilidade, inclusive, para risco de descarrilamento ou de acontecerem outros tipos de acidentes na área. O Metrô-DF nega os riscos e informou que tudo não passa de um procedimento padrão (leia a nota completa no fim deste texto).
O trilho com a fissura fica próximo à estação Ceilândia, na altura do sinaleiro C, no sentido da Estação Central (Rodoviária do Plano Piloto).
A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da CLDF recebeu detalhes a rachadura e encaminhou um alerta à Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF).
Veja imagens:
Presidente da CTMU, o deputado distrital Max Maciel (PSol) considera a situação “extremamente e perigosa” e que a Metrô-DF precisa adotar as medidas necessárias à manutenção do sistema.
“A situação pode colocar em risco os passageiros, pela chance de descarrilamento do trem, sobretudo na hora de pico, quando o trem está mais pesado”, afirmou o parlamentar.
Além de criticar o serviço de manutenção do modal, executado por empresa terceirizada, o deputado critica a falta de “amplo investimento” em infraestrutura e segurança. “[A conservação do metrô] tem se mostrado pouco eficiente, dada a série de problemas recorrentes pelos quais ele tem passado”, completou.
O Metrópoles entrou em contato com a Metrô-DF, que se manifestou por meio de nota. Leia abaixo, na íntegra:
“O Metrô-DF informa que não há rachaduras no trilho na região de Ceilândia. O que aparece na fotografia veiculada pelo portal Metrópoles é uma JIC – junta isolante colada. Trata-se de uma interrupção no prolongamento do trilho.
Essa interrupção se dá para isolar, eletricamente, porções de trilhos. E isso é necessário exatamente para garantir a segurança da operação, garantindo que os circuitos de via sejam adequadamente isolados e não permitindo que trens avancem no “espaço” dedicado a outros trens.
Há algumas centenas de JICs ao longo das vias do metrô, verificadas em muitos metrôs ao redor do mundo e não trazem o menor risco de descarrilamento. Portanto, trata-se de uma situação completamente normal, faz parte do projeto, nada tem a ver com rachadura no trilho.
A Companhia reitera o compromisso com a segurança do sistema e dos usuários e reprova qualquer tentativa de criar um alarmismo desnecessário, sem base de conhecimento técnico sobre o transporte metroferroviário.”
