Vídeo: professor universitário finge ser deputado e arruma confusão em bar do DF

Proprietária do estabelecimento gravou momento em que Cristhyano Cavali diz ser parlamentar. Confusão começou por causa de uma nota fiscal

atualizado 31/03/2023 15:37

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Reprodução

Um professor universitário do Paraná fingiu ser deputado e arrumou confusão em um restaurante na Quadra 314 Norte, área nobre do Distrito Federal. A proprietária do estabelecimento, que preferiu não se identificar, gravou o momento em que Cristhyano Cavali da Luz dá a entender que é parlamentar. A briga teria começado por causa de nota fiscal.

Segundo a dona do bar, o homem chegou ao local, nessa quarta-feira (30/3), acompanhado de outras duas pessoas. Ele teria perguntado se a bebida alcoólica que ele consumisse poderia ficar fora da nota fiscal. De acordo com a proprietária, os funcionários disseram que não seria possível, mas, mesmo assim, Cristhyano permaneceu no restaurante.

A empresária conta que o docente pediu comidas e um vinho. “Quando foi pagar, ele insistiu que o vinho não poderia constar na nota fiscal. E os meus funcionários explicavam para ele que isso não era possível, mas que ele poderia emitir duas notas e pagar separado, caso fosse necessário”, explica a proprietária.

“O gerente e meu marido foram falar com ele, mas ele começou a crescer, disse que era deputado e que ia ‘foder’ a gente. Quando ele começou a xingar, eu intervim e comecei a filmar”, relata.

Nas imagens, é possível ouvir Cristhyano tentando “explicar” o motivo pelo qual não queria que o vinho constasse na nota fiscal. “Pela empresa que eu sou dono e que tem ações na bolsa, não pode aparecer álcool. Pode cobrar até mais do que consumi”, diz.

A dona do restaurante e o marido, porém, continuaram negando a possibilidade de excluir a bebida da nota fiscal. Até que Cristhyano disse: “Você vai querer mexer com deputado, é isso mesmo?”.

Veja:

No vídeo, é possível perceber que, quando repara que está sendo gravado, Cristhyano muda o comportamento e nega ter dito que era deputado. A partir desse momento, ele aceitou pagar tudo que consumiu, mas pediu duas notas fiscais separadas. Uma só de comida e outra com a bebida.

Em redes sociais, Cristhyano identifica-se como professor de engenharia na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A instituição de ensino, porém, negou que ele faz parte do quadro de funcionários. “Nem técnico administrativo, muito menos tem registro de professor (efetivo ou mesmo ainda substituto/temporário)”.

Procurado, Cristhyano afirmou que apenas solicitou o pagamento separado de comida e bebida e disse não ser professor nem deputado.

“Acredito estar havendo algum engano: solicitei que meu consumo de comidas fosse separado das bebidas alcoólicas em notas separadas. Em um primeiro momento, quiseram fazer uma nota de consumo total, mas solicitei que as notas fossem separadas, para que eu pudesse pagar separadamente. Que foi o que aconteceu. De minha parte, fui muito bem atendido e não estou entendendo o motivo disto”, disse.

Denúncia anterior

Em 2018, a Gazeta do Povo publicou reportagem mostrando que professores e funcionários da UFPR realizaram viagens de luxo com dinheiro público. De acordo com o portal, Cristhyano Cavali da Luz cruzou o Oceano Atlântico duas vezes, em viagens bancadas por convênios de órgãos federais com o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da UFPR.

Em um dos casos, segundo o veículo, Cristhyano e outros funcionários teriam chegado à ilha de Ponta Delgada em 25 de maio, mas o evento para o qual teriam ido só começaria dois dias depois – de 27 a 30/5. No dia 30, a comitiva estendeu a viagem até Lisboa, em Portugal, onde permaneceu por cinco dias. Na prestação de contas do ITTI, não há nenhuma menção a eventos oficiais na capital portuguesa que justifique a estadia.

À época, por meio dos advogados, Cristhyano Cavali disse que as viagens tiveram mais de 24 horas de deslocamento, por isso a partida foi antecipada em relação à data de início dos eventos oficiais. Ele enviou à reportagem da Gazeta fotos de visitas técnicas, que teriam sido feitas em Açores, no dia 26 de maio.

Em relação à estadia em Portugal, Cristhyano afirmou que “os quatro dias completos em Lisboa serviram para estreitar relações com diversas instituições e laboratórios de pesquisa em engenharia, bem como universidades”.

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