“Possessivo, narcisista e egoísta”, diz filho de policial morta sobre assassino

Apontado como assassino da policial civil do DF Valderia da Silva Barbosa, Leandro Peres Ferreira foi morto na madrugada desta segunda

atualizado 14/08/2023 12:34

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Foto colorida da policial civil Valderia da Silva Barbosa Peres Reprodução

Abalado após a violenta perda da mãe, Valderia da Silva Barbosa Peres (foto em destaque), 46 anos, o filho mais velho da policial civil, Ian Barbosa, 24, segue consternado diante do caso de feminicídio. A vítima foi morta pelo ex-companheiro Leandro Peres Ferreira, 46, que estava foragido desde o dia do crime, na última sexta-feira (11/8). O suspeito morreu após tiroteio com policiais militares de Goiás, nesta madrugada.

O caso é considerado o 23º registrado na capital do país em 2023, segundo o Painel de Feminicídios do Distrito Federal. Em entrevista ao Metrópoles, Ian descreveu o ex-padrasto como um homem “possessivo, narcisista e egoísta”.

“Todos os desejos dele eram prioridade. Nunca houve ela. Ela fez tudo pelos sonhos dele, e ele nunca a honrou. Era possessivo, narcisista e egoísta”, disse o jovem.

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Valderia atuava como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática da Deam 2

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Depois do crime, o suspeito teria fugido de motocicleta

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O crime ocorreu em Arniqueira, na tarde de sexta-feira (11/8)

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Antes do crime, o suspeito sacou aproximadamente R$ 10 mil

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O suspeito trabalhava como motoboy e teria aberto uma empresa de transportes e mudanças com a companheira. A sede ficava no mesmo local onde a vítima morava

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Leandro foi encontrado pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) em Porangatu (GO) – a cerca de 540 km do DF – e teria reagido à abordagem da equipe. O foragido portava um revólver calibre .32, segundo a corporação.

“A morte dele me trouxe alívio. Talvez eu durma essa noite. Mas esperávamos ele com vida, para que passasse o resto da vida se lembrando do que fez”, comentou Ian.

Valderia e Leandro ficaram casados por 10 anos, segundo o jovem. A separação ocorreu um mês antes do feminicídio, mas o término definitivo se deu cerca de uma semana antes do crime.

Crueldade

Valderia trabalhava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, e foi brutalmente assassinada, com mais de 64 facadas, segundo laudos preliminares do Instituto de Medicina Legal (IML).

A agente foi encontrada morta por Ian, no banheiro da casa da família, em Arniqueira, por volta das 12h30 do dia do crime. “Fui eu quem a viu [primeiro]. Eu tinha chegado em casa. Foi o pior momento da minha vida”, lamentou.

 

A vítima atuava como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática da Deam. Ela estava recém-separada de Leandro, que chegou a sacar dinheiro e preparar uma mala para fugir depois de matar a policial.

Leandro trabalhava como motoboy e havia aberto uma empresa de transportes com a companheira. A sede do negócio ficava no mesmo local onde a vítima morava. Ian cuidava da parte administrativa e mencionou que a firma não teve ligação com o crime.

O assassino não aceitava a separação e, apesar das sucessivas negativas de Valderia para reatar o relacionamento, perseguia a vítima e mandava flores para locais que ela costumava frequentar. No dia do feminicídio, ele aguardou pela chegada da policial civil em casa para matá-la.

Homenagem

O velório e a cremação de Valderia estão marcados para esta segunda-feira (14/8). A previsão é que um cortejo fúnebre deixe o prédio da Direção-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por volta das 13h, passe pelo Eixão e siga para o cemitério Campo da Esperança, onde o corpo será velado das 14h às 16h.

Depois, o cortejo continuará até o cemitério de Formosa (GO), onde o corpo da policial civil será cremado. “O velório será uma despedida. Ela não queria que isso [o cortejo] acontecesse. Era uma pessoa bem reservada, bem discreta. Mas o velório não é só por ela. É por todos nós, sabe? Toda a família e os amigos”, finalizou Ian.

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