Placa definitiva é colocada na ponte Honestino Guimarães, no Lago Sul

O Projeto de Lei aprovado pela Câmara Legislativa em dezembro de 2022 foi apresentado pelo ex-deputado distrital Leandro Grass (PV)

atualizado 21/02/2023 15:40

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Honestino Guimarães está novamente presente. O Governo do Distrito Federal (GDF) colocou o nome do líder estudantil, desaparecido durante a ditadura no Brasil, na placa de sinalização para acesso à ponte, originalmente batizada com o nome do general Costa e Silva, presidente durante a Regime Militar.

Em 13 de dezembro de 2022, a Câmara Legislativa do DF (CLDF) derrubou o veto do governador Ibaneis Rocha (MDB) para a troca do nome na ponte, que faz a ligação entre a QI 10 do Lago Sul e a via L4 Sul. O veto ocorreu no fim de 2021.

A mudança já havia sido proposta em 2015, pelo ex-deputado distrital Ricardo Vale (PT), e chegou a ser sancionada, mas, em 2018, a Justiça determinou a volta do nome do general. O Projeto de Lei aprovado recentemente foi apresentado pelo ex-deputado distrital Leandro Grass (PV).

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A ponte anteriormente era chamada do general Costa e Silva, presidente durante a Ditadura
A ponte faz a ligação entre a QI 10 do Lago Sul e a via L4 Sul
Em 23 de dezembro de 2022, por conta própria, moradores do DF trocaram simbolicamente a inscrição na placa
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Honestino Guimarães lutou contra a ditadura e foi preso quatro vezes. Na última, em 1973, não voltou mais para casa

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A ponte anteriormente era chamada do general Costa e Silva, presidente durante a Ditadura

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A ponte faz a ligação entre a QI 10 do Lago Sul e a via L4 Sul

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Em 23 de dezembro de 2022, por conta própria, moradores do DF trocaram simbolicamente a inscrição na placa

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Guarda-corpos na Ponte Honestino Guimarães

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Em 2015, a CLDF aprovou a primeira lei para a mudança de nome. O PL foi apresentado por Ricardo Vale (PT). Mas o TJDFT suspendeu a troca

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Costa e Silva instituiu o Ato Institucional Número Cinco (AI-5)

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A mudança da placa não foi imediata. Em 23 de dezembro de 2022, por conta própria, moradores do DF trocaram simbolicamente a inscrição na placa que fica em frente à ponte.

Honestino Guimarães lutou contra a ditadura. Foi preso quatro vezes. Na última, em 1973, não voltou mais para casa.

Costa e Silva instituiu o Ato Institucional Número Cinco (AI-5). Segundo historiadores, sociólogos e antropólogos, o AI-5 aumentou os casos de tortura, assassinatos e sequestros por parte das forças da ditadura. E intensificou o cerceamento das oposições, com perseguição a lideranças políticas, sindicais, movimentos sociais e estudantis.

Em 2015, a CLDF aprovou a primeira lei para a mudança de nome. O PL foi apresentado por Ricardo Vale (PT).  Mas o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), derrubou a troca em 2018. Segundo os desembargadores, não houve consulta popular para a decisão e por isso a lei era inconstitucional.

Família de Honestino

Segundo Mateus Guimarães, sobrinho do líder estudantil, a mudança do nome é importante e simbolicamente tem uma força muito grande pelas duas dimensões que representa. “A primeira diz respeito aos nomes em si e ao que eles simbolizam: a tirania, a crueldade e o amor pelo poder de Costa e Silva, para a defesa da liberdade, o senso de humanidade e o poder do amor de Honestino. A segunda dimensão é a da ponte em si, como esse lugar de transição, de travessia de onde viemos para onde queremos chegar”, afirmou.

Além disso, para Mateus Guimarães, a mudança do nome também representa um processo de conscientização da sociedade. “Tanto para a melhor compreensão acerca da nossa história e do que escolhemos cultivar enquanto povo brasileiro daqui para frente, quanto para o melhor entendimento sobre quem foi o Honestino que, sem dúvida, é uma excelente referência de ser humano para inspirar a todos nós, especialmente às novas gerações”, completou.

A família de Honestino espera que, a partir de agora, as secretarias de Educação, Cultura, parlamentares e demais autoridades do DF e a sociedade civil como um todo se unam em torno dessa construção.

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