Paciente com epilepsia está há 4 meses sem acesso a remédio na Farmácia de Alto Custo

Dois remédios para tratamento de Gabriela Schuman, de 20 anos, estão em falta desde janeiro, gerando um custo mensal de R$ 1.969

atualizado 03/05/2023 17:12

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

Gabriela Schuman, de 20 anos, tem epilepsia e, para controlar suas convulsões e crises neurológicas, precisa de quatro remédios oferecidos gratuitamente pelo programa Fármacia de Alto Custo, organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O problema é que dois medicamentos necessários para o tratamento da jovem estão em falta desde janeiro, gerando um custo mensal de R$ 1.969 para a família.

Adalberto Schuman, pai da Gabriela, conta que utiliza o programa desde março de 2022 para garantir a saúde de sua filha. Os remédios em falta para o tratamento da jovem são Clobazam 10mg e Lacosamida 50mg.

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Dois medicamentos necessários para o tratamento da jovem estão em falta desde janeiro, gerando um custo mensal de R$ 1.969 para a família
Gabriela Schuman e a mãe
Adalberto Schuman, pai da Gabriela, conta que utiliza o programa desde março de 2022 para garantir a saúde de sua filha
Os remédios em falta para o tratamento da jovem são Clobazam e Lacosamida.
A jovem usa um medicamento a base de cannabis para tratar da epilepsia
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Gabriela Schuman, de 20 anos, possui epilepsia

Arquivo pessoal
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Dois medicamentos necessários para o tratamento da jovem estão em falta desde janeiro, gerando um custo mensal de R$ 1.969 para a família

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Gabriela Schuman e a mãe

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Adalberto Schuman, pai da Gabriela, conta que utiliza o programa desde março de 2022 para garantir a saúde de sua filha

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Os remédios em falta para o tratamento da jovem são Clobazam e Lacosamida.

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A jovem usa um medicamento a base de cannabis para tratar da epilepsia

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O homem revela que a falta dos produtos é uma "ameaça à integridade e à vida" de sua filha

“Fico preocupado porque tem bastante medicamento, mas alguns já estão faltando há vários meses. Isso é complicado porque é um tratamento contínuo. Não é um tratamento que eu posso simplesmente parar”, afirma.

Sem previsão para o retorno dos estoques, o morador de Santa Maria usa suas economias para comprar remédios que deveriam estar disponíveis de graça. O pai explica: “Os remédios agem no sistema nervoso central, auxiliando no controle das crises convulsivas. A minha filha tem epilepsia de difícil controle, com lesão cerebral, o que ocasiona as crises. São dezenas de crises diárias que ela têm”.

No total, a garota precisa de cinco remédios para o seu tratamento, sendo que quatro deles são oferecidos pela Farmácia de Alto Custo. Além disso, Gabriela conquistou na Justiça o direito de usar canabidiol (CBD), uma substância derivada da maconha, que diminui a frequência e a potência das convulsões.

O homem revela que a falta dos produtos é uma “ameaça à integridade e à vida” de sua filha. Segundo Adalberto, a medicação, juntamente com o CDB, faz com que ela tenha crises mais leves e uma menor quantidade de crises também.

“Se eu parar com a medicação, ela volta ao estágio anterior, podendo inclusive vir a óbito por conta das crises excessivas e choques epiléticos. O cérebro coordena a questão da respiração, os batimentos cardíacos. Então, quando ela tem uma situação de um choque, a pessoa pode ir a óbito por conta dessa descompensação cerebral”, explica o homem.

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde de DF sobre a situação. Após a publicação desta matéria, a pasta se posicionou, informando que alguns medicamenstos são enviados pelo Ministério da Saúde e, fazem parte desse grupo os remédios utilizados em tratamentos de maior complexidade.

O ministério faz a compra de 129 medicamentos e destes, 16 estão em falta. Já a Secretaria de Saúde realiza a compra direta de 128 medicamentos, que são entregues pela Farmácia de Alto Custo, sendo que 38 estão em falta.

Atualmente, são 44 mil pacientes cadastrados na Farmácia de Alto Custo no DF. A Secretaria de Saúde esclarece que “não espera o estoque acabar para começar o processo de compra de medicamentos” e que “existe uma programação para aquisição”.

“Quando os estoques chegam ao ponto de ressuprimento, o que ocorre, em média, faltando 3 meses e meio para a reposição do estoque, é emitido o pedido de aquisição. As compras respeitam os prazos das leis que regem os processos licitatórios”, indicou o órgão.

No Portal da Transparência da Saúde do DF, tanto Clobazam quanto Lacosamida apareciam sem estoque na noite dessa terça-feira (2/5). O site também não informava a previsão de um novo abastecimento.

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