A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu processo administrativo para apurar a conduta do tenente-coronel Marcelo Alves, flagrado ao trocar socos com um motoboy, no domingo (12/3), em Vicente Pires.
Em nota enviada ao Metrópoles nesta segunda-feira (13/3), a corporação informou que “providenciou o registro do fato e iniciou o protocolo para abertura de processo disciplinar competente”.
Testemunhas que registraram o momento da briga afirmaram que a o desentendimento teria começado no trânsito. Em seguida, o PM e o motoboy, que não teve o nome divulgado, entraram em luta corporal.
Depois de serem separados por pessoas que acompanharam a confusão o militar anotou a placa da motocicleta do entregador e pisoteou o bagageiro do veículo.
O vídeo também mostra quando o PM levanta a camisa e faz menção a pegar uma arma da cintura. O oficial chegou a pegar o capacete do motoboy e quebrar o item na calçada.
Assista:
Lotado na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Marcelo Alves ficou conhecido na PMDF pela carreira de, ao menos, 20 anos de trabalho com foco em áreas como direitos humanos, cidadania e violência.
O oficial é mestre em ciência política e especialista em política criminal, segurança pública e, também, em direitos humanos.
O motoboy agredido pelo policial divulgou áudios em grupos de WhatsApp para contar a versão dele sobre o início da briga. Nas gravações, o entregador chama o tenente-coronel de “folgado”.
O motociclista relata que fazia uma entrega na Rua 8 de Vicente Pires, quando o policial saiu de carro de um condomínio. “Eu [estava] pensando que ele fosse parar, para que eu passasse ao lado, mas ele acelerou e bateu na moto”, contou o entregador.
O motoboy disse que questionou o motivo da ação do PM, mas o oficial se irritou, saiu do carro e começou a persegui-lo a pé. “Folgado! Vamos fazer esse bicho ficar famoso”, completou o motoboy, no áudio.
O Metrópoles tenta contato com Marcelo Alves, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não teve resposta. O espaço segue disponível para eventuais manifestações.
