Escolas cívico-militares: 8 em cada 10 pais e alunos aprovam modelo

Apesar de ainda contar com grande apoio no DF, pesquisa mostra que a sensação de insegurança nessas unidades saltou de 10,2% para 19,5%

atualizado 01/10/2023 16:13

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Policiais militares e alunos em escola militarizada no DF - Metrópoles Michael Melo/Metrópoles

Segundo a Pesquisa de Situação Escolar, feita pelo Governo do Distrito Federal (GDF), colégios militarizados têm o apoio de grande parte da comunidade de pais e alunos na capital federal.

O levantamento aponta que 80,85% dos estudantes desses centros de ensino relataram sentir segurança no modelo institucional. Em outras palavras, a porcentagem indica que em cada 10 alunos, oito aprovam a iniciativa.

Para Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o saldo é positivo. Conforme informado pela pasta, a prevalência do desejo de continuidade da ação por parte dos alunos passou de 53,12% para 56,66%. No caso de professores, de 75,46% para 88,89%. Entre servidores, apresentou leve recuo, de 86,9% para 85,29%.

Apesar de ainda contar com grande apoio no DF, a pesquisa mostra que a sensação de insegurança nesses estabelecimentos educacionais saltou de 10,2% para 19,5%.

Ao Metrópoles a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF) disse que vê o modelo cívico-militar como uma boa alternativa, “especialmente para regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”.

“É um projeto recente. E a pandemia afetou toda a comunidade escolar. A Aspa entende que esta iniciativa é destinada ao sistema de ensino do DF e não deixa de ser pública. Por muitos anos a associação foi demandada pela questão de insegurança. Com a gestão compartilhada, isso diminuiu”, afirmou Alexandre Veloso, presidente da Aspa-DF.

Quanto ao ambiente escolar, 44,37% dos alunos declararam que o colégio passou a ser um lugar melhor para estudar. No caso dos professores o índice é de 63,16%. Entre militares, 66,67%. E, entre servidores, 86,36%.

O outro lado

Apesar das avaliações positivas, a pesquisa também expôs pontos negativos. Além do aumento na sensação de insegurança, o percentual de alunos que consideram a ação dos militares agressiva aumentou de 30,66% para 56,72%.

Em 2019, para 8,67% dos estudantes, as conversas e os diálogos com a equipe militar nunca eram tranquilos. Em 2022, o percentual chegou a 14,66%. As afirmações de que os militares nunca estão garantindo a disciplina passaram de 9,16% para 15,76%.

A Pesquisa de Situação Escolar foi obtida por um requerimento de informações apresentado pelo gabinete do deputado distrital Max Maciel (PSol). Do ponto de vista de Max Maciel, o levantamento expõe falhas do projeto cívico-militar. Para o parlamentar, a presença dos militares não conseguiu reduzir a violência e a sensação de insegurança.

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