“Não acho que inteligência fracassou”, diz ex-subsecretária em CPI sobre 8/1

Ex-subsecretária de Inteligência do DF, Marília Ferreira Alencar alegou que cumpriu o papel estratégico frente aos atos antidemocráticos

atualizado 09/03/2023 12:16

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A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF Marília Ferreira Alencar depõe na CPI dos atos antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF. Breno Esaki/Metrópoles

A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) Marília Ferreira Alencar afirmou que a inteligência da pasta não fracassou em relação à tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa nesta quinta-feira (9/3), ela foi questionada sobre erros nos atos antidemocráticos.

“Não acho que a inteligência fracassou. As informações circularam. O que se tinha foi recebido e repassado. A ideia de invasão [dos prédios públicos] foi informada. A gente informou. Não foi só a subsecretaria. Várias agências. A inteligência da PM acho que trabalho muito bem, inclusive”, avaliou.

Marília pontuou diversas vezes durante o depoimento que o trabalho de inteligência da secretaria era mais estratégico, sem a ação de campo. “Minha área era fazer o acompanhamento de inteligência, o que fizemos a cada minuto. Sobre os demais, não é minha área, não fico confortável para dizer”, disse.

Segundo ela, no sábado anterior à tentativa de golpe, a subsecretaria enviou várias “frações de inteligência”, documentos com informes momentâneos. “Avisamos sobre ânimos exaltados. Às 12h30 do dia 7, informamos: ‘ânimos exaltados e dispostos a animosidade com forças de segurança’, ‘falas de incitação, como ocupação de prédios públicos, sem liderança específicas’. Em outros momentos, os ânimos estavam pacíficos.”

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Bolsonaristas invadiram prédio público durante ataques contra instituições democráticas, em 8 de janeiro de 2023

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Imagem de janela quebrada mostra tropa militar em formação durante ataques de 8/1/2023

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Manifestantes tomaram a Praça dos Três Poderes

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Vidro de prédio quebrado durante atos de 8 de janeiro de 2023

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Esplanada dos Ministérios ficou tomada por golpistas

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Ligações com bolsonarismo

Marília Alencar já chefiou a diretoria de inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). Foi esse órgão que produziu, em 2020, o polêmico “dossiê antifascista”, com informações detalhadas sobre servidores identificados como parte do “movimento antifascista”.

Questionada na CPI sobre ideologias, Marília negou que tenha filiação partidária ou que seja “bolsonarista”. “Não me considero nada, tenho meu voto, que é secreto. As minhas convicções políticas não interferem no meu trabalho e não estão em questão”, argumentou.

As perguntas do distrital Fábio Felix (Psol) sobre possíveis ligações com Bolsonaro gerou um pequeno atrito na CPI. A parlamentar Paula Belmonte (Cidadania) questionou a motivação das indagações e os dois discutiram de forma breve. “A advogada da Marília está aqui ao lado, ela não precisa de outra advogada”, cutucou Fábio.

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A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF Marília Ferreira Alencar depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de janeiro, na CLDF

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Durante a CPI, Marília afirmou que a inteligência da pasta não fracassou em relação à tentativa de golpe

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Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa nesta quinta-feira (9/3), ela foi questionada sobre erros nos atos antidemocráticos

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Segundo ela, no sábado anterior à tentativa de golpe, a subsecretaria enviou várias “frações de inteligência”, documentos com informes momentâneos

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As perguntas do distrital Fábio Felix (Psol) sobre possíveis ligações de Marília com Bolsonaro gerou um pequeno atrito na CPI

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Requerimentos

A CPI aprovou  sete requerimentos. O destaque foi a aprovação dos deputados para ouvir Anderson Torres de forma reservada, na próxima quinta-feira (16). Também houve pedido para oitiva da coronel da Polícia Militar Cíntia Queiroz de Castro.

Subsecretária de Operações Integradas da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), ela disse à Polícia Federal que a PMDF agiu de forma atípica ao não elaborar planejamento próprio para a manifestação do dia 8 de janeiro de 2023.

A Comissão também aprovou os requerimentos seguintes:

  • Requer que sejam disponibilizados pela Advocacia Geral da União (AGU) cópia integral de todas as ações civis e criminais que tenham como polo ativo a AGU em decorrência dos fatos ocorridos no dia 8/1/2023 no Distrito Federal;
  • Requer que sejam disponibilizados pela Presidência da República todos os documentos produzidos relacionados aos fatos ocorridos no dia 8/1/2023 no Distrito Federal, assim como as imagens do circuito interno e externo dos locais depredados começando com 2 horas de antecedência até o final do ocorrido;
  • Requer a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de Joveci Xavier de Andrade, Adauto Lúcio de Mesquita, Rubens Wermem Dornelas de Freitas, Saniamar Dornelas Freitas Chagas e Wilmondes Rodrigues Rosa;
  • Requer cópia integral dos atos e processos administrativos relacionados às férias do ex-Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Gustavo Torres, no âmbito do Distrito Federal, nos períodos aquisitivo de 2022 e concessivos de 2022 e 2023;
  • Requer cópia integral do Relatório de Inteligência no 06/2023/30/SI/SSP/DF, de 06/01/2023, elaborado no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, bem como do respectivo processo administrativo.
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