As vítimas da quadrilha que cometeu estelionatos virtuais com uso de imagem de políticos e ministros amargaram prejuízos de R$ 5 a R$ 10 mil, segundo as investigações. Os alvos dos criminosos eram funcionários de órgãos públicos.
Na manhã desta quarta-feira (5/4), o grupo foi alvo de operação das polícias civis do Distrito Federal (PCDF) e de Pernambuco (PCPE) — com atuação da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) —, intitulada Shark Attack.
A coluna Na Mira apurou que, entre as autoridades que tiveram imagens usadas para o golpe, estão:
- Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação;
- Carlos Lupi (PDT), presidente do PDT e atual ministro da Previdência Social;
- Carlos Fávero (PSD), atual ministro da Agricultura e Pecuária;
- Jaques Wagner (PT), senador;
- Rodrigo Agostinho (PSB), atual presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
- Valdemar da Costa Neto (PL), presidente do PL e ex-deputado federal;
- Wellington Dias (PT), atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil.
Os criminosos criavam perfis falsos no aplicativo WhatsApp, com fotos dos políticos e ministros. Por meio do esquema de fraude, os infratores persuadiam as vítimas a transferirem valores, que eram distribuídos para outras contas. O principal suspeito da investigação fugiu.
Durante cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, os policiais descobriram que os criminosos agiam a partir de uma central de distribuição de sinal clandestina, em uma comunidade de Jaboatão dos Guararapes (PE).
Os policiais apreenderam diversos equipamentos informáticos ligados à referida central de distribuição de sinal de internet pirata. Os itens passarão por perícia.