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Saiba quem é o “Patrão do Crime”, golpista que faturou R$ 300 milhões

Apenas no DF, o chefe da organização criminosa seria dono de pelo menos oito imóveis em vários pontos da capital, sempre em nome de laranjas

atualizado 18/08/2023 22:26

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Homem gordo Reprodução

Milionário, com status de “prefeito” na cidade paraense de Marabá, Eliaquens de Sousa dos Santos, 38 anos, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta quinta-feira (17/8), é considerado o maior fraudador de bancos nos estados do Pará e Goiás, além do DF. O rastro de prejuízos deixados pela organização criminosa liderada por Eliaquens, mais conhecido como “Patrãozinho” ou “PTZ”, chega a R$ 300 milhões na última década.

As engrenagens criminosas, movimentadas pelo esquema fraudulento, rendiam muitos dividendos ao chefão. Apenas no DF, ele seria dono de, pelo menos, oito imóveis em vários pontos da capital, sempre em nome de laranjas. O mesmo ocorria com veículos de luxo. Nenhum patrimônio é registrado em nome da Eliaquens.

O “Patrãozinho” também tinha predileção por determinados negócios, quando o assunto era lavar o dinheiro amealhado com os golpes. Geralmente, os montantes desviados das instituições bancárias costumavam ser despejados em empresas de revenda de gás, lojas multimarcas de veículos e em lava jatos.

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Golpista teria gerado prejuízo de, aproximadamente, R$ 300 milhões
Ele atuava no Distrito Federal e em outras unidades da Federação
Polícia cumpriu mandados no DF, em Goiás, no Espírito Santo e no Pará
Equipes cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão
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Operação foi coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)

PCDF/Divulgação
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Golpista teria gerado prejuízo de, aproximadamente, R$ 300 milhões

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Ele atuava no Distrito Federal e em outras unidades da Federação

PCDF/Divulgação
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Polícia cumpriu mandados no DF, em Goiás, no Espírito Santo e no Pará

PCDF/Divulgação
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Equipes cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão

PCDF/Divulgação

Divisão da grana

A coluna apurou que a organização criminosa tinha o costume de dividir o dinheiro dos golpes da seguinte forma: 50% era rateado entre os integrantes do bando e a outra metade recheava os bolsos do programador contratado para fazer a invasão hacker.

As investigações apuraram que a organização era especializada em crimes de estelionato relacionados a fraudes bancárias, principalmente por meio da invasão de contas, com uso de links falsos ou induzindo à instalação de programas para subtração de valores de pessoas físicas e jurídicas, além de prefeituras.

 

As investigações foram conduzidas pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) e pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural).

Batizada como Big Boss, a operação teve apoio das polícias civis de Goiás, do Espírito Santo, do Pará, bem como do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (NCyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Pela prática de organização criminosa e pelo crime de lavagem de dinheiro, os investigados poderão ser condenados a penas superiores a 15 anos de prisão. Eles também tiveram bens sequestrados pela Justiça.

A operação recebeu o nome de “Big Boss” em razão de o líder da quadrilha ser chamado pelos demais integrantes de “patrão”.

As equipes cumpriram nove mandados de prisão preventiva, bem como 10 de busca e apreensão, em Samambaia (DF), Planaltina (GO), Serra (ES), Goiânia (GO) e Marabá (PA). Um dos alvos chegou a se candidatar ao cargo de vereador em Planaltina de Goiás. A polícia não divulgou os nomes dos envolvidos.

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