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PCDF recolhe vídeos de bar onde estava condutor de BMW e autua gerente

Após negativa de gerente em entregar equipamentos de bar, PCDF recolheu itens onde Raimundo Cleofás estava antes de furar blitz da PMDF

atualizado 01/11/2023 16:41

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu um mandado de busca e apreensão no Brazolia Bar, no Setor de Garagens Oficiais (SGO), na tarde desta quarta-feira (1º/11). No estabelecimento, equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) recolheram imagens de câmeras de segurança.

As mídias serão usadas para confirmar se Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior, 41 anos, consumiu bebida alcóolica no estabelecimento antes de assumir a direção da BMW que furou uma blitz da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que o motorista estava embriagado.

Após a fuga, PMs atiraram e mataram com um tiro na cabeça o passageiro que estava no banco do carona do veículo, Islan da Cruz Nogueira, 24. Durante a ação desta tarde, policiais civis apreenderam três aparelhos gravadores de vídeo.

O Instituto de Criminalística (IC) da PCDF analisará as imagens referentes ao último sábado (28/10), quando Raimundo furou a blitz, bem como registros de câmeras instaladas em vias da região.

Ao Metrópoles o delegado-chefe da 5ª DP, Ataliba Neto, afirmou que foi instaurado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o gerente do bar, que acabou autuado e responderá por desobediência, após ter se negado a entregar voluntariamente à polícia vídeos dos equipamentos do estabelecimento.

“Queremos verificar, realmente, se não houve consumo alcoólico por Raimundo. E essa recusa ilegal do gerente do estabelecimento vai sujeitar ele, também, a responder por crime de desobediência. Quando a polícia faz uma requisição, ela tem de ser cumprida. O cumprimento [do mandado] podia ser evitado se ele [o dono do bar] tivesse fornecido as imagens que pedimos”, enfatizou Ataliba.

Garrafas no carro

Raimundo foi preso no fim da noite de sábado (28/10) após fugir da blitz bêbado e atropelar com um policial militar, no Eixo Monumental, área central de Brasília.

Chefe do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) da PMDF, Edvã Sousa detalhou que, dentro do carro dirigido por Raimundo, havia diversas garrafas de bebida. “Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e embriaguez ao volante. Quando ele chegou à 5ª DP, recusou-se a fazer o bafômetro. Então, no no IML, constatou-se a alcoolemia”, declarou.

O delegado Ataliba Neto confirmou haver garrafas de vodca e latas de cerveja dentro da BMW. Os recipientes estavam vazios e passarão por perícia papiloscópica no Instituto de Identificação (II) da PCDF. “Apesar de laudos do IML confirmarem a presença de álcool no sangue do motorista, continuamos a colher provas para desmentir o depoimento de Raimundo, que negou ter consumido bebida antes de furar o bloqueio da PMDF”, completou o investigador.

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 Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior

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Condutor de BMW está preso preventivamente

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Raimundo furou bloqueio policial e atropelou PM durante a fuga

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Motorista é engenheiro civil e empresário

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Foto da identidade do empresário

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Raimundo dirigia alcoolizado, segundo laudo do IML

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Quando Raimundo fugiu do bloqueio, policiais militares atiraram contra o carro dele e acertaram Islan, que morreu antes de ser levado para o hospital.

Em depoimento, Raimundo alegou que o acelerador do veículo havia travado e, por isso, avançou na direção dos PMs. Ele também negou que tivesse consumido bebida alcoólica ou furado a blitz.

Testemunhas da PMDF relataram que o motorista estava tão embriagado que sequer conseguiu prestar depoimento no mesmo dia em que foi detido. Ele está preso preventivamente por tentativa de homicídio e embriaguez ao volante.

À PCDF Raimundo disse não se lembrar “se o carro parou porque ele quis ou porque teve uma pane”. Também relatou que, após sair do veículo, desmaiou e só acordou depois de sofrer “agressões de um PM”. Ainda segundo o motorista, um militar teria dado tapas no rosto, socos na costela e um “pisão” na cabeça dele.

O motorista acrescentou que Islan havia trabalhado para ele e que os dois eram amigos. Na noite em que o jovem foi assassinado, os dois haviam se encontrado em um restaurante, para que Raimundo entregasse à vítima um dinheiro que ela havia pedido emprestado.

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