O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) converteu em preventiva a prisão em flagrante de Igor Fernandes Pereira Ayres, 22 anos. Ele é suspeito de estuprar a enteada de 4 anos. A criança morreu após o crime, nessa segunda-feira (5/2).
Igor foi preso na mesma data e passou por audiência de custódia nesta terça-feira (6/2). Na decisão, a magistrada que analisou o caso considerou que os fatos narrados, até o momento, “evidenciam periculosidade [do suspeito] e acentuado risco à incolumidade pública”.
“[Violência sexual] é um crime que demonstra periculosidade, repugnância e traz intranquilidade social. Está patente, portanto, o risco à ordem pública. Não há possibilidade de cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão”, completou a juíza.
A criança, identificada como Isabela Dourado de Oliveira, sofreu uma parada cardíaca supostamente após sofrer a violência sexual e não resistiu.
Durante o atendimento à vítima, um dos integrantes da equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) informou aos policiais militares acionados para atender a ocorrência que a criança apresentava sinais de abuso e violência sexual nas partes íntimas.
A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga o caso, inicialmente registrado como estupro de vulnerável com resultado em morte.
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Igor e a mãe da criança estavam juntos havia nove meses, segundo o boletim de ocorrência. A criança e a mãe se mudaram do Rio Grande do Sul para o Distrito Federal em agosto de 2023.
No mês em que chegaram ao DF, as duas passaram a morar com a família de Igor. Em dezembro, os três se mudaram para o apartamento onde a criança foi encontrada morta, em Taguatinga Sul.
Às 8h54, ela teria recebido uma ligação do namorado, dizendo que a criança tinha convulsionado e não reagia mais. Após ser acionada e ouvir testemunhas, a PMDF prendeu Igor.
Versão do preso
À PCDF o suspeito contou ter ouvido um barulho no quarto e, quando correu para ver o que tinha acontecido, encontrou a criança se debatendo e espumando pela boca.
Ele alegou ter tentado fazer massagem cardíaca na enteada, mas a menina não reagiu. Vizinhos da família ouvidos pela polícia relataram ter ouvido, diversas vezes, a garota gritar e chorar quando estava só com Igor.
Uma testemunha relatou, ainda, ter denunciado o padrasto da criança por “achar o comportamento dele muito suspeito”.