O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), José Werick de Carvalho, decidiu exonerar delegados que ocupavam cargos estratégicos na cúpula da corporação antes comandada pelo delegado Robson Cândido, preso preventivamente desde o último sábado (4/11). Robson é suspeito de utilizar a estrutura da polícia para monitorar a ex-amante.
A coluna apurou que alguns dos principais departamentos deverão passar por mudanças, além das chefias na corregedoria-geral (CGP), Divisão de Comunicação (Divicom) e no Departamento de Inteligência, Tecnologia e Gestão da Informação (DGI). A troca deverá atingir os departamentos de Polícia Especializada (DPE) e Circunscricional (DPC).
O delegado Lúcio Valente será o escolhido para comandar a Divicom. O atual corregedor-geral, delegado Adval Cardoso de Matos, que apurou internamente o escândalo envolvendo o ex-diretor e o delegado Thiago Peralva — apontado como executor do suposto monitoramento ilegal a pedido de Robson —, se aposentará na próxima semana e deixará o cargo.
Grande mudança
Em nota divulgada no início desta semana, a PCDF afirmou que as alterações “marcam o início de uma nova gestão, evidenciando o compromisso da instituição com a promoção da presença feminina em cargos de liderança”.
A PCDF já havia anunciado que Isabel Dávila Lopes Borges de Moraes assumiria a Diretoria da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf). Enquanto Adriana Romana assumirá a 19ª DP no lugar de Peralva, afastado da função.
A nota destaca ainda que “as nomeações reforçam a política de valorização das mulheres, consolidando seu papel fundamental na Policia Civil do Distrito Federal”, enfatizou.
