A Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), entrou em sua 17ª fase. Dessa vez, foram cumpridos um total de três mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão contra 10 alvos, espalhados pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e o Distrito Federal. Até agora, oito deles têm identidade confirmadas.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e cumpridos pela PF durante a manhã desta quarta-feira (27/9).
Três pessoas foram alvo de prisão: Aildo Francisco Lima (SP), vulgo Bahia, e Basilia Batista, ambos de São Paulo, além de Margarida Marinalva de Jesus Brito, do DF. Os dois primeiros estão presos, enquanto a terceira ainda não foi encontrada.
Bahia foi identificado como a pessoa que transmitiu uma live sentado na cadeira de Alexandre de Moraes, ministro do STF. Já a advogada Margarida Marinalva é apontada como responsável por recolher celulares de golpistas, para que eles não fossem identificados.
Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão: Danilo Silva e Lima (GO), Osmar Pacheco da Silva (GO), Wanderley Zeferino da Silva (GO), Luciene Beatriz Ribeiro Cunha (MG) e Erli Antonio Fernandes (MG).
O objetivo dessa etapa é a identificação de participantes que financiaram os ataques antidemocráticos realizados em 8 de janeiro deste ano. Naquele dia, milhares de pessoas entraram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. Além da prisão dos envolvidos na data, a PF está atrás também de pessoas que “instigaram, financiaram e fomentaram os fatos”.
Veja quem são os alvos da 17ª fase Operação Lesa Pátria:
- Aildo Francisco Lima (SP);
- Basilia Batista (SP);
- Margarida Marinalva de Jesus Brito (DF);
- Danilo Silva e Lima (GO);
- Osmar Pacheco da Silva (GO);
- Wanderley Zeferino da Silva (GO);
- Luciene Beatriz Ribeiro Cunha (MG);
- Erli Antonio Fernandes (MG);
- Mais 2 pessoas ainda não identificadas.
Conheça os alvos da Lesa Pátria
- Aildo Francisco Lima (SP)
Aildo Lima, conhecido como “Bahia”, ficou nacionalmente conhecido após se filmar em frente ao Congresso Nacional. Em seu rosto, estava um pano branco, que era até então utilizado como máscara.
Ele também foi visto como a pessoa que se sentou na cadeira do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante a transmissão ao vivo do quebra-quebra no STF.
Ele reside na cidade Campo Limpo Paulista, em São Paulo. Seu nome é mencionado em 23 processos, espalhados por diversos tribunais, em especial o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), de acordo com a plataforma JusBrasil.
- Basilia Batista (SP)
Basília foi detida um dia após os ataques golpistas na Esplanada dos Ministérios, mas acabou sendo liberada por “razões humanitárias”.
- Luciene Beatriz Ribeiro Cunha (MG)
É suspeita de ser incitadora dos atos golpistas do 8 de janeiro, e 4 ações mencionam seu nome na plataforma JusBrasil, a maioria no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG);
- Erli Antonio Fernandes (MG)
Identificado apenas como tendo participado dos atos, ainda não há muitas informações sobre, mas ele foi um dos responsáveis por filmagens dentro do Congresso Nacional, onde dizia que “nós não podemos aceitar isso”. Ele residia em Caratinga, em Minas Gerais.
- Margarida Marinalva de Jesus Brito (DF)
Advogada, ela teria recolhido os celulares de golpistas para que eles não fossem identificados.
Margarida residia em Águas Claras, em Brasília, no Distrito Federal, e teria feito parte do Movimento Advogados de Direita.
Lesa Pátria permanente
De acordo com a instituição, as investigações seguem com a operação Lesa Pátria, que se torna permanente. De tempos em tempos, há atualizações em relação ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A última fase da Lesa Pátria deflagrada pela PF havia sido em 5 de setembro. À época, foram cumpridos ao menos 53 mandados de busca e apreensão em sete estados. Entre os alvos, estavam uma socialite paulista e um suplente de deputado estadual do Mato Grosso do Sul.
