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Acusados de matar empreiteiro são condenados a 150 anos de prisão

Cada um dos três envolvidos foi condenado a pena acima de 50 anos de reclusão por roubar, sequestrar e matar empreiteiro em Taguatinga

atualizado 19/12/2023 15:47

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Imagem colorida de homem com camisa regata branca Reprodução

A 1ª Vara Criminal de Samambaia condenou os acusados de sequestrar e matar o empreiteiro Daniel Carvalho da Silva, 31 anos. Cada um dos réus recebeu pena superior a 50 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Eles responderam pelos crimes de roubo, extorsão qualificada com resultado em morte e ocultação de cadáver.

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Daniel foi sequestrado por um grupo criminoso

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O empreiteiro sumiu em outubro de 2022

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Conta da vítima tinha bastante dinheiro, segundo investigações

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Policiais acreditam que ele foi morto e seu corpo, enterrado em área de mata

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Confira as condenações:

  • Benevaldo Barbosa Novais: 50 anos, seis meses e 20 dias de reclusão, pelos crimes de extorsão qualificada com resultado em morte e majorada por concurso de pessoas; furto qualificado por concurso de pessoas; e ocultação de cadáver.
  • Rinaldo Barbosa Novais: 54 anos, um mês e 15 dias de reclusão, pelos crimes de roubo majorado por concurso de pessoas; extorsão qualificada com resultado em morte e majorada por concurso de pessoas; furto qualificado por concurso de pessoas; e ocultação de cadáver.
  • Edson de Barbosa de Novais: 50 anos, seis meses e 20 dias de reclusão, pelos crimes de crimes de roubo majorado por concurso de pessoas; extorsão qualificada com resultado em morte e majorada por concurso de pessoas; furto qualificado por concurso de pessoas; e ocultação de cadáver.

Os acusados também foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a pagar multas, calculadas sobre um trigésimo do valor do salário mínimo vigente à época do crime e com a devida correção monetária.

A vítima desapareceu na noite de 26 de outubro de 2022, após deixar a igreja Centro de Evangelização Renascidos em Pentecostes, em Taguatinga, quando foi rendida pelos criminosos.

Por volta das 21h43, os acusados roubaram a caminhonete de Daniel. Nos dias seguintes, em local desconhecido, mas ainda no Distrito Federal, os criminosos combinaram de sequestrá-lo para conseguir acesso a senhas bancárias e cartões de crédito. A violência da quadrilha resultou na morte do empreiteiro.

Em 31 de outubro de 2022, Benevaldo e os demais acusados concordaram em roubar a casa de Daniel, em Samambaia. Depois de fazerem isso, ocultaram o cadáver do empreiteiro.

Ligações

Pouco depois de ser abordada pelos criminosos, a vítima continuou a manter contato com a companheira — que pediu para não ter o nome divulgado —, por meio de mensagens de texto enviadas pelo WhatsApp.

“Eu estranhei, pois ele sempre teve o costume de mandar áudios. Naquela noite, ele disse que não havia voltado para casa porque estava resolvendo alguns problemas”, contou a esposa de Daniel, à época do crime. Os dois estavam casados havia oito anos.

Horas depois, o empreiteiro ligou para a esposa e afirmou que alguém havia batido no carro dele, mas resolvia as questões relacionadas ao conserto.

Desconfiada, a esposa de Daniel foi atrás dele, mas não conseguiu mais localizar o veículo do marido. “No dia 27, perguntei a ele o que acontecia, e ele disse que estava resolvendo problemas”, completou.

Ao longo daquele dia, a família de Daniel fez dezenas de ligações para o empreiteiro, mas nenhuma foi atendida. O celular de Daniel oscilava, segundo a família, ficando cerca de 30 minutos ligado e ao menos cinco horas desligado.

“Começamos a desconfiar da maneira que, supostamente, o Daniel escrevia. Ele recusava ligações por vídeo também”, detalhou a companheira da vítima.

Roubo

Em 28 de outubro, o empreiteiro mandou os dois últimos áudios para a família. “Ele dizia apenas que estava tudo bem, mas a voz dele aparentava tristeza. Ele não falava onde estava nem aceitava ajuda”, completou a esposa da vítima.

Ainda por mensagens, Daniel escrevia que tinha feito dívidas e que precisava de R$ 190 mil. “Ele dizia que era extorquido por agiotas, mas nunca teve qualquer tipo de dívida”, enfatizou ela.

O empreiteiro costumava andar com um cordão e com uma pulseira de ouro, avaliados em cerca de R$ 30 mil. No dia em que desapareceu, Daniel havia recebido muito dinheiro.

“Esses valores estavam depositados na conta corrente dele. Além disso, um caminhão simulando uma mudança parou na frente da residência [da família] e levou tudo o que havia dentro de casa. As roupas, móveis e todos os aparelhos eletrônicos”, completou a esposa de Daniel, que não estava no imóvel na hora.

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