Agora, cabe à Justiça do Distrito Federal aceitar — total ou parcialmente — ou rejeitar a denúncia do MPDFT. Daniel e Gesiely são acusados pelos seguintes crimes:
cárcere privado;
dano;
ameaça;
registro e compartilhamento de cena de sexo com criança; e
estupro de vulnerável.
O analista de TI está preso desde o dia do crime. Gesiely foi detida em 29 de junho, apontada pela polícia como comparsa de Daniel.
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Daniel é escritor e trabalhava como analista de TI em um banco
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Suspeito manteve a vítima em cárcere, no apartamento dele, na 411 Norte
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Daniel fazia postagens contra pedofilia
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Na casa dele, polícia encontrou vídeos e revistas pornográficas
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Por meio das redes sociais, ele também defendia o fim da cultura do estupro
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Daniel Moraes foi preso na noite de quarta-feira (28/6)
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Em razão do sigilo para processos que envolvem menores de 18 anos, o MPDFT informou, em nota, que “não pode passar informações sobre o teor da denúncia”.
A criança foi raptada enquanto ia para a escola na tarde de uma quarta-feira. No momento em que abordou a vítima, Daniel estava acompanhado de Gesiely. Ela relatou à polícia que teria sido coagida a participar do sequestro e, depois, deixada na Cidade Ocidental (GO) antes de o parceiro ir para Brasília com a criança.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) detalhou que, antes de ser dopada, a vítima teria sido ameaçada com uma faca.
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A mulher foi presa em casa, na Ocidental, pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e levada para a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte)
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Gesiely faz postagens sensuais, convidando seguidores a assinar plataforma de conteúdo adulto
Arquivo Pessoal
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Jovem usa as redes sociais, também, para falar de Deus
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Gesiely em postagens sensuais
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Jovem usa as redes sociais, também, para falar de Deus
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Ela frequenta igreja, grupos de oração e faz postagens de cunho religioso no Instagram
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Gesiely de Sousa Vieira, 22, apontada pela polícia com o comparsa do homem preso por sequestrar uma menina de 12 anos, no Jardim Ingá (GO), foi presa no início da tarde desta quinta-feira (29/6)
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A mulher tem perfis nas redes sociais onde se apresenta como blogueira, cristã e digital influencer
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A blogueira é suspeita de participar ativamente do sequestro da criança
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Há poucas semanas, ela abriu, também, uma conta em uma plataforma digital especializada em conteúdos adultos
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Segundo a vítima, a mulher usou clorofórmio para dopá-la
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Apesar de ainda não ter concluído o depoimento, a comparsa alegou à polícia que teria sido coagida por Daniel a participar do crime
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A suspeita faz postagens diversas, desde orações e fotos com bíblias em mãos, a imagens provocativas, com roupas íntimas
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Foto de rede social de Gesiely de Sousa Vieira, 22
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Os investigadores encontraram diversos registros de pagamentos e repasses de dinheiro recorrentes de Daniel para Gesiely, o que levantou a suspeita de que ela seria garota de programa
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A vítima é sobrinha de um policial militar de Goiás. O tio dela acionou o Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e começou a refazer os caminhos da menina, desde que ela saiu de casa para ir ao colégio. Perto do endereço em que a família mora, as equipes encontraram câmeras de segurança que mostravam um Ford EcoSport preto circular pela região. O automóvel havia sido descrito por testemunhas como o usado por Daniel.
Policiais do 20º Batalhão da PMGO, em Valparaíso (GO), comunicaram o caso à PMDF, que ajudou a identificar o endereço de Daniel, por meio da placa do carro.
Na Asa Norte, policiais militares das duas unidades da Federação subiram ao apartamento do suspeito, que atendeu à porta de cueca. Após ser questionado a respeito de quem seria uma mochila encontrada no veículo dele, o suspeito confessou ter sequestrado a garota.
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Câmeras de segurança flagraram Daniel Moraes Bittar ao chegar em casa
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Pelas imagens, é possível ver quando Daniel chega, estaciona o carro na frente do prédio onde mora, na 411 Norte, e tira a mala do bagageiro
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A polícia acredita que a vítima teria sido dopada e colocada dentro da bagagem
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Ele colocou um tipo de pano sobre o objeto para arrastá-lo
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Daniel Moraes Bittar, 42 anos, chegou em casa, por volta das 14h
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Com a vítima na mala, Daniel subiu dois andares de escada
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No tempo que passou com a vítima, Daniel chegou a dizer que faria dela uma “escrava sexual”
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Material apreendido
Na apartamento do abusador, na 411 Norte, a polícia encontrou uma garrafa de clorofórmio; duas máquinas de choque; uma fita geralmente usada para amarrar pessoas; medicamentos; objetos sexuais, como vibradores; uma câmera fotográfica; cartões de memória; uma mala; DVDs; e revistas de conteúdo pornográfico.
No veículo que ele usou para raptar a vítima, os policiais acharam, ainda, um galão de gasolina e binóculos. A suspeita é que o combustível seria usado para queimar o corpo da menina.
A vítima foi encontrada algemada pelos pés a uma cama, seminua, consciente, com escoriações no corpo e bastante abalada emocionalmente. Segundo a menina, o criminoso a molestou, tocando-lhe as partes íntimas, e a obrigou a acariciar os órgãos genitais dele, enquanto era filmada. A gravação teria sido enviada a Gesiely. A polícia apreendeu os equipamentos eletrônicos.
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