Morre o professor da Faculdade de Comunicação da UnB Luiz Gonzaga Motta

Professor morreu aos 80 anos e dava aula na Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB)

atualizado 09/06/2023 17:24

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Morreu, nesta sexta-feira (9/6), o professor da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Gonzaga Figueiredo Motta, aos 80 anos. O educador, que atuou na Faculdade de Comunicação (FAC) da instituição de ensino superior, sofreu um mal súbito, segundo pessoas próximas. Ele deixa três filhos e dois netos.

A família confirmou a informação sobre a morte nesta manhã. Luiz Gonzaga foi encontrado desacordado em casa. Acionada para prestar socorro, uma equipe do Corpo de Bombeiros tentou reanimá-lo por cerca de uma hora, mas o professor não resistiu. Ainda não há detalhes sobre o velório.

Em comunicado, a Faculdade de Comunicação lamentou o ocorrido e informou que divulgará uma nota sobre o ocorrido em breve.

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O educador ficou conhecido, principalmente, por ajudar no desenvolvimento do curso de jornalismo da instituição de ensino superior
Na UnB, ministrou as disciplinas de leitura crítica dos meios; metodologia da pesquisa em comunicação; estudos de mídia; e processo interpretativo da comunicação
Luiz Gonzaga criou, ainda, o jornal-laboratório Campus
Formado em jornalismo, Luiz Gonzaga era PhD em comunicação pela University of Wisconsin, nos Estdos Unidos
Ele deixa três filhos e dois netos
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Educador, que atuou na Faculdade de Comunicação (FAC) da instituição de ensino superior, sofreu um mal súbito, segundo pessoas próximas

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O educador ficou conhecido, principalmente, por ajudar no desenvolvimento do curso de jornalismo da instituição de ensino superior

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Na UnB, ministrou as disciplinas de leitura crítica dos meios; metodologia da pesquisa em comunicação; estudos de mídia; e processo interpretativo da comunicação

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Luiz Gonzaga criou, ainda, o jornal-laboratório Campus

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Formado em jornalismo, Luiz Gonzaga era PhD em comunicação pela University of Wisconsin, nos Estdos Unidos

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Ele deixa três filhos e dois netos

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Faculdade de Comunicação lamentou o ocorrido e informou que divulgará uma nota detalhada sobre o ocorrido em breve

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Luiz Gonzaga tinha 80 anos

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O educador ficou conhecido, principalmente, por ajudar no desenvolvimento do curso de jornalismo da instituição de ensino superior. Também trabalhou como secretário de Comunicação da UnB; fundador e editor da revista de divulgação científica e cultural Darcy, da universidade, publicada até hoje; e assumia a função de coordenador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da UnB.

Luiz Gonzaga criou, ainda, o jornal-laboratório Campus. À época em que sugeriu o desenvolvimento da publicação, o projeto recebeu bastantes elogios e foi considerado uma iniciativa inovadora para a UnB.

Gerações de jornalistas

Em nota, a reitora da UnB, Márcia Abrahão, lamentou a morte de Luiz Gonzaga. “Conheci o professor Luiz Gonzaga Motta, em 2008, quando era decana de Ensino de Graduação, e ele, o secretário de Comunicação da UnB. Ele era, também, importante conselheiro do reitor Roberto Aguiar e, depois, do professor José Geraldo. Tornou-se meu amigo e conselheiro também”, ressaltou.

A reitora acrescentou que Luiz Gonzaga sempre “inspirou e guiou os passos” dela, desde que os dois se tornaram amigos. “Sem dúvida, um dos grandes legados que ele deixa para a universidade é a revista Darcy, de jornalismo científico e cultural, que ele ajudou a criar em 2009 e da qual foi editor e um entusiasta permanente”, relembrou.

“Desde que assumi a reitoria, fiz questão de manter a publicação da Darcy pela importância que essa iniciativa tem, tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade em geral. Motta deixa um exemplo de dedicação ao exercício do jornalismo e ao ensino da narrativa jornalística. E para nós, deixa um vazio imenso”, completou Márcia Abrahão.

Ex-reitor da UnB, José Geraldo detalhou parte da trajetória do colega na instituição de ensino: “Fomos da velha geração. Ele veio para reconstruir a Faculdade de Comunicação da UnB, na década de 1970. É um dos grandes formuladores desse campo na universidade”.

Luís Natal trabalhou com o professor e contou que os dois mantinham um grupo de amigos em comum. “A gente é uma turma muito antiga, grande e unida. Ele era muito querido. Formou muitos jornalistas, várias gerações. Fará falta”, disse o ex-colega de trabalho.

“Estamos de luto”

O professor chegou a chefiar a Secretaria de Comunicação do Distrito Federal, no governo de Cristovam Buarque, entre 1995 e 1998. O ex-governador contou que os dois se conheceram na UnB, no início dos anos 1980. Os dois conviveram em atividades políticas, em momentos de luta pelas eleições diretas no país, assim como para reitores da universidade, e pela autonomia política do DF.

“Nossa convivência maior foi quando ele era meu secretário de comunicação, durante o ‘governo democrático e popular’. Devemos a ele ter levado a ideia da Bolsa Escola e de outros programas do governo do DF para o Brasil, até mesmo para o mundo. Dificilmente, o projeto teria sido adotado pelo governo FHC [Fernando Henrique Cardoso] se não fosse o trabalho competente de comunicação social do Luiz Gonzaga. Por tudo isto, a morte dele é uma perda pessoal, para mim e para todo o DF, especialmente para centenas de ex-alunos que ele ajudou a formar. Estamos todos de luto”, declarou Cristovam Buarque.

Amigo do educador, Antônio Carlos Queiroz trabalhou com o professor durante esse período. “Fui convidado por ele para trabalhar na Secretaria de Comunicação do governo Cristovam. O Luiz era um cara absolutamente criativo, animado, cheio de ideias e bem quisto por todos. Um mineiro calmo. Vai fazer falta, mas, certamente, deixa um legado muito grande para a cidade e para a comunicação da UnB”, ressaltou o jornalista e escritor.

Perfil

Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1968, Luiz Gonzaga era PhD em comunicação pela University of Wisconsin, nos Estdos Unidos. Na UnB, ministrou as disciplinas de leitura crítica dos meios; metodologia da pesquisa em comunicação; estudos de mídia; e processo interpretativo da comunicação.

Na pesquisa, o professor se dedicava à linha de jornalismo e sociedade, nas áreas de produção de sentidos; teorias da notícia; antropologia da notícia; narrativa jornalística; pragmática jornalística; e análise da narrativa.

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