“O que me dói é ter acreditado que ele era uma boa pessoa”, diz mãe de policial morta por ex

Maria José da Silva, mãe da policial da Deam Valderia da Silva Barbosa, cita dor em ter acreditado que assassino era uma boa pessoa

atualizado 14/08/2023 18:59

Compartilhar notícia

A mãe da policial civil vítima de feminicídio lamentou a morte trágica da filha, aos 46 anos, e trouxe lembranças de quem era Valderia da Silva Barbosa. Maria José da Silva se emocionou no velório da agente da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, dizendo que não imaginava que o assassino poderia cometer um crime tão bárbaro. “O que me dói mesmo era acreditar que ele era uma boa pessoa, mas no fundo não valia nada”, lamentou.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e as demais forças de segurança realizaram uma última homenagem à Valderia na tarde desta segunda-feira (14/8), em um cortejo que contou com a presença de familiares e autoridades, como o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.

15 imagens
2 de 15

A mulher tinha dois filhos

Breno Esaki/Metrópoles
3 de 15

Um helicóptero da PCDF também participou do cortejo

Breno Esaki/Metrópoles
6 de 15

Placa com os dizeres: "Que a luz nos guie no combate à violência contra as mulheres"

Breno Esaki/Metrópoles
7 de 15

Caixão com o corpo de Valdéria sendo retirado do caminhão

Breno Esaki/Metrópoles
9 de 15

O velório ocorre no Cemitério Campo da Esperança

Breno Esaki/Metrópoles
10 de 15

Viaturas da PCDF no velório de Valdéria

Breno Esaki/Metrópoles
11 de 15

A mulher tralhava como policial civil na Deam 2

Breno Esaki/Metrópoles
12 de 15

Ian Barbosa, 24, filho de Valderia da Silva Barbosa Peres

Breno Esaki/Metrópoles
13 de 15

Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, presente no velório

Breno Esaki/Metrópoles
14 de 15

O caixão com o corpo de Valdéria foi levado por um caminhão do CBMDF

Breno Esaki/Metrópoles
15 de 15

Membros do Instituto Mulheres Feminicídio Não (IMFN), órgão não governamental que luta pelo fim da violência contra a mulher, também prestaram o último adeus

Breno Esaki/Metrópoles

A agente foi brutalmente assassinada, aos 46 anos, pelo ex-compaheiro Leandro Peres Ferreira, 46, no banheiro de casa, em Arniqueira, na tarde de sexta (11/8). O feminicida morreu nesta segunda após troca de tiros com policiais militares de Goiás (leia mais abaixo).

Para a mãe da vítima, fica a imagem de uma mulher de fé, guerreira e inspiradora.

“Depois que cheguei aqui e vi essa quantidade de gente que ama minha filha, eu fui falando: ‘Ô, meu Jesus, perdoe por ter reclamando tanto de ter pouco filho. Foi ela que me ensinou a dizer: ‘Fé em Deus, pensamento positivo, tudo de bom que você quiser e desejar acontece’. Só tenho que agradecer a Deus a todo tempo na minha vida que ela passou comigo. […] Eu queria aprender, ir pra escola, e não tive oportunidade. Ela que me ensinou, comprou uma revista e disse pra mim: ‘Vamos, mãe’, dizia. Aprendi a ler e escrever por meio dela”, contou Maria José.

Um cortejo com dezenas de viaturas e acompanhado de helicóptero deixou a Delegacia Geral da PCDF rumo ao cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, por volta das 13h10. Após cerca de 40 minutos, o corpo chegou ao cemitério, onde foi velado das 14h às 16h.

No caminhão do Corpo de Bombeiros que levou o caixão havia duas faixas com os seguintes dizeres: “Val, eternamente em nossos corações” e “Segurança Pública em luto”. A família estava no veículo dos bombeiros.

Troca de tiros

Apontado como assassino da policial civil, Leandro Peres estava foragido desde a última sexta-feira (11/8), quando cometeu o crime. Ele foi encontrado pela PMGO em Porangatu (GO) e teria reagido à abordagem policial. Os militares afirmaram que Leandro estava com um revólver calibre 32.

Ele foi encontrado em uma estrada às margens da BR-153. Após a troca de tiros, Leandro chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros (CBMGO) e, depois, levado ao Hospital Municipal de Porangatu, mas não resistiu.

Facadas

Valdéria trabalhava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, e foi brutalmente assassinada, com mais de 64 facadas, segundo laudos preliminares do Instituto de Medicina Legal (IML).

A agente foi encontrada morta no banheiro de casa, em Arniqueira, na tarde de sexta. Este foi o 23º feminicídio registrado na capital do país neste ano, segundo o Painel de Feminicídios do Distrito Federal.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile