Justiça busca acordo pelo fim da greve dos rodoviários no DF

Já há decisão judicial determinando a suspensão da greve, mas sindicato a descumpriu. Audiência busca acordo

atualizado 06/11/2023 7:35

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Após os rodoviários do Distrito Federal aprovarem greve da categoria a partir desta segunda-feira (6/11), e a Justiça determinar a suspensão do movimento, sob pena de multa, uma audiência entre as partes está marcada com o objetivo de encerrar a paralisação na capital. A reunião será às 14h, no edifício do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10).

Na audiência, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e o Sindicato dos Rodoviários do DF (Sinttrater) devem apresentar propostas de conciliação, submetidas à mediação pela presidência do Tribunal. No fim, haverá a decisão sobre a manutenção, conformação ou revogação da liminar que suspende a greve.

Em assembleia na manhã desse domingo (5/11), os rodoviários aprovaram a greve para reivindicar um acordo coletivo com as empresas de transporte público e conseguir um reajuste salarial, com ganhos acima da inflação. Porém, na noite do mesmo dia, o TRT-10 mandou suspender a greve, em decisão do presidente do órgão, desembargador Alexandre Nery de Oliveira.

Oliveira avaliou que a categoria “avançou em aparente abuso do direito de greve” por não ter informado em tempo hábil aos usuários do transporte coletivo sobre a paralisação. Ainda foi estipulada uma multa de R$ 10 mil por hora no caso de descumprimento da decisão judicial, “sem prejuízo de eventual agravamento, em caso de recalcitrância”.

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O brasiliense enfrenta bastante trânsito e metrô lotado no caminho do trabalho na manhã desta segunda-feira (6/11)

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A categoria reivindica reajuste salarial

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No centro de Taguatinga, diversas pessoas aguardavam nas paradas de ônibus desde antes das 6h

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Usuários do transporte público enfrentam dificuldades desde as primeiras horas do dia em longas filas

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Filas no metrô

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A grande movimentação de passageiros foi registrada em uma das estações de Taguatinga

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Por conta da greve, metrô está operando em capacidade máxima

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Grande circulação de usuários de transporte público

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Brasiliense enfrenta metrô lotado nesta segunda-feira (6/11)

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Como fica o trânsito

O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) e o Detran liberaram nesta segunda-feira (6/11) para todos os veículos as faixas exclusivas nas rodovias distritais. A medida segue até o final do movimento grevista.

As faixas exclusivas liberadas são:

  • Estrada Parque Contorno (DF-001), no subtrecho compreendido do entroncamento da BR-060 com o acesso à Samambaia ao entroncamento com a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (DF-075)
  • DF-075 (EPNB), no subtrecho compreendido do entroncamento com a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (DF-003), ao entroncamento com a DF-001
  • Estrada Parque Taguatinga (DF-085), no subtrecho compreendido do entroncamento com a DF-003 ao entroncamento com a DF-001
  • W3 Sul
  • Setor Policial Sul
  • N1
  • S1

Entre a decretação de greve e a suspensão judicial, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) havia divulgado que iria rodar com o máximo da capacidade a partir desta segunda. Após a decisão do Tribunal do Trabalho, não houve atualização de informações do Metrô.

Semob diz que já havia acordo

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) foi acionada para mover a ação judicial contra a greve logo após o anúncio da decisão da assembleia dos rodoviários.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade, desde o início da campanha salarial da categoria, a pasta “acompanhou toda a negociação entre as operadoras do Sistema de Transporte Público Coletivo (STPC) e o Sindicato dos Rodoviários do DF, partes entre as quais chegou a haver um acordo”. “Porém, reunidos em assembleia pela manhã, os rodoviários não aceitaram a proposta e decidiram entrar em greve”, alega a Semob.

“A Semob considerou a greve abusiva, uma vez que houve proposta das operadoras e houve acordo entre as empresas e o Sindicato dos Rodoviários”, afirmou o secretário de Transporte e Mobilidade, Flávio Murilo Prates.

O presidente do TRT-10 pontuou que a categoria informou às empresas a realização da greve com a antecedência de 72 horas exigidas em lei, mas lembrou que “não consta que a população tenha sido informada”. Por se tratar de uma atividade essencial, a legislação traz a obrigatoriedade da comunicação aos usuários dos serviços.

“Considerando tudo isso, tenho que a falha crucial na deflagração do movimento paredista, que antes de luta de classes deve envolver o respeito mínimo à população usuária, exige que a greve deflagrada seja suspensa, por completo, sem qualquer viés, de modo a permitir que o Tribunal, com o apoio do Ministério Público, possa atuar na solução do conflito.”

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