Gilliard Costa, 21 anos, preso por sequestrar um ônibus e manter uma mulher refém no coletivo, no sábado (9/9), em Samambaia, teria ligado para o pai dele enquanto cometia o crime, segundo o depoimento de uma testemunha.
À Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o cobrador do transporte público contou que, após Gilliard se frustrar com a quantidade de dinheiro em espécie existente no ônibus, passou a exigir dinheiro e celulares de passageiros do coletivo, enquanto os ameaçava de morte.
Em determinado momento, segundo o cobrador, Gilliard tirou a camiseta e mandou uma das vítimas ligar para um número que ele ditava. De repente, ainda conforme o depoimento do rodoviário, Costa disse: “Pai, me desculpa! Eu tentei. Não estou brincando, vou matar ela”, enquanto segurava uma senhora, que manteve imobilizada com o auxílio de uma faca.
O cobrador contou, ainda, que Gilliard ameaçou tirar a vida de um outro passageiro com golpes de faca, caso as vítimas não entregassem o celular.
Gilliard teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na manhã desta segunda-feira (11/9), após audiência de custódia. Ao juiz responsável por julgar o caso, o criminoso declarou que estava respondendo a um processo em Goiás por ameaça e tentativa de homicídio.
O caso
Por volta das 19h de sábado, Gilliard assaltou o ônibus da linha 0.054, na altura da QI 416 de Samambaia, e fez uma mulher de refém.
Em imagens enviadas ao Metrópoles, era possível ver que ele estava armado com uma faca e a segurava na altura do pescoço da vítima. Uma testemunha contou que o criminoso estava tão alterado que chegou a jogar dinheiro pela janela do coletivo.
Após mais de uma hora de tensão, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) lançou bombas de efeito moral no coletivo e o bandido se rendeu e libertou a vítima. Após o desfecho, as centenas de pessoas em volta da cena aplaudiram o trabalho da PMDF.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima, de 59 anos, foi atendida no local com uma crise nervosa e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Riacho Fundo II, enquanto o autor do crime recebeu atendimento na ambulância e seguiu para a delegacia.
Atiradores de elite chegaram a se posicionar em prédios da região, mas não precisaram atuar.
