A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) definiu o calendário das aulas que vão repor o conteúdo perdido durante a greve dos professores. De acordo com a pasta, os colégios que aderiram à paralisação começarão a reposição neste sábado (3/6).
Todos os sábados do mês de junho serão utilizados para a recomposição do conteúdo. Apesar de a greve ter durado 22 dias, a Educação informou que, no total, foram 16 dias de aulas perdidos.
Desses 16, quatro serão repostos em junho. O restante, será reposto em julho e pegará uma parte das férias anteriormente previstas. Serão 12 dias de reposição em julho, contando os sábados.
Veja os dias em que deve haver aula de reposição:
O calendário foi definido nesta segunda-feira (29/5) após uma reunião da secretaria com o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). As datas ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho de Educação do DF e podem sofrer alterações nos próximos dias.
Segundo a secretária Hélvia Paranaguá, os detalhes de horário de cada aula serão tratados em documento oficial que está em confecção.
“Cada situação depende da escola. Se o colégio funcionava integral, as aulas de reposição também serão integrais”, disse. Ela reforçou que a intenção da pasta é evitar prejuízos aos alunos. “Nenhuma criança será prejudicada”.
Greve
A greve dos professores da rede pública do DF teve início em 4 de maio. Eles cobravam reestruturação da carreira, correção da remuneração, melhores condições de trabalho e incorporação de gratificação aos salários dos servidores.
Durante o período, houve uma decisão judicial que considerou a greve abusiva. e fixou em R$ 300 mil a multa por cada dia de paralisação.
Em 23 de maio, a Secretaria de Educação informou que cortaria o ponto dos servidores que aderissem à paralisação. Um dia antes, o GDF havia cobrado na Justiça o pagamento de multa diária em dobro pela manutenção da greve, com custo de até R$ 600 mil.
Os educadores ficaram 22 dias parados até aceitarem uma proposta do GDF.
Promessas
A promessa trata da incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) à remuneração de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.
O benefício começará a ser pago no segundo semestre de 2023. O impacto total seria de mais R$ 676 milhões.
Veja tudo o que o GDF prometeu aos professores pelo fim da greve
A pauta de negociação acordada entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) estabelece, ainda, que o Executivo local nomeará todos os aprovados no concurso público de 2022 para professor da educação básica e pedagogo.
O GDF também se comprometeu a preparar um novo concurso público, em 2023, para cargos da carreira de magistério.
