Família homenageia menina que morreu por dengue com missa de 7° dia

A missa de sétimo dia da garota Pietra Isaac Carvalho, que morreu com dengue hemorrágica, acontece nesta quinta-feira (23/11) no Lago Sul

atualizado 23/11/2023 17:04

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Pietra Isaac, menina morta vítima de dengue hemorrágica em hospital do DF - Metrópoles Arquivo Pessoal

A família de Pietra Isaac Carvalho, que morreu devido a complicações causadas por dengue hemorrágica, vai se reunir em oração para homenagear a menina, nesta quinta-feira (23/11), em uma missa de 7° dia. A criança morreu na última sexta-feira (17/11), no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), dois dias depois de completar 7 anos.

A celebração ocorrerá às 19h, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Lago Sul.

De acordo com a mãe da menina, Camila Isaac, 37 anos, o trauma pela morte da criança é uma “dor enorme”, porque ela era uma companheira para tudo.

“Eu fico aqui com o meu sofrimento, sem minha filha, com dor no coração. Não consigo viver, não consigo me juntar. Noite e manhã, nos piores horários eu acabo aqui. A lembrança é muito grande”, desabafa.

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Pietra Isaac completou 7 anos dois dias antes de morrer

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Menina teve quadro de dengue hemorrágica, segundo a família

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Mãe da criança acusa Hospital Daher de negligência no atendimento

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A criança começou a passar mal e foi levada ao Hospital Daher no dia 15 de novembro. O primeiro diagnóstico apontava para bronquite e virose, sendo receitado medicamentos para tais doenças. Porém, no dia seguinte, após apresentar grande piora no quadro, Pietra retornou à unidade de saúde.

Dessa vez, uma outra médica afirmou que a menina, na verdade, estava com dengue e orientou que a família buscasse o Hmib, referência para o tipo de atendimento. No entanto, na troca de plantão, outro médico discordou e disse que o tratamento poderia ser feito em casa apenas com hidratação e descanso.

Para a mãe, houve certa negligência por parte dos profissionais envolvidos: “Um descaso, desumano, você largado de qualquer jeito, implorando para tomar um remédio, implorando para ser internado. Um hospital que aceita pediatria, mas não tem uma internação pediátrica? Que isso? Despreparados”.

Como a garotinha vomitava sangue, tinha febre alta e não conseguia se alimentar, a mãe optou por levar Pietra ao Hmib. Ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, posteriormente, intubada. No dia 17 de novembro, a menina morreu.

“Parece que ela teve uma outra parada cardíaca. Eu vi, inclusive, médicos sobre ela. Saí e comecei a orar, me joguei no chão. Orando, pedindo a Deus para que deixasse minha filha.”

O Metrópoles entrou em contato com o Hospital Daher, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Pedido de presente

Dois dias antes de morrer devido a complicações causadas por uma dengue hemorrágica, Pietra Isaac comemorou o aniversário de 7 anos no hospital. Camila Isaac relatou que a filha chegou a escrever em um diário o que queria de presente: “Melhorar logo”.

Uma das lembranças marcantes ocorreu justamente no aniversário anterior de Pietra, quando a menina foi avisada de que teria uma comemoração mais simples. “Eu disse que faria uma festinha. Não seria nada grande. E ela disse: ‘Está bom, mamãe. Não tem problema’. Eu falei para ela escolher alguns amiguinhos, enfeitei as mesas, pedi um bolo temático todo diferente, crepe. No fim, a Pietra virou pra mim e falou: ‘Mãe, você disse que faria uma festinha, mas fez uma festona’. Tudo agradava a ela, até o [que era] pouco”, detalhou Camila.

Agora, com o luto pela morte repentina da filha, Camila não consegue ver as roupas de Pietra e pensa até em vender a casa onde moravam. Depois do ocorrido, a empresária passou a ficar na casa da irmã. “Estávamos preparando o aniversário dela. Eu não volto mais à minha casa; vou colocar à venda. A festa dela era dia 15. Estávamos poupando, e ela estava muito feliz. Até levei-a doentinha para colarmos adesivos nas coisas, mas ela não conseguiu colocar nenhum”.

Camila conta que o trauma se tornou uma “dor enorme”, porque a filha era uma companheira para tudo. “Fico aqui com meu sofrimento, sem minha filha, com dor no coração. Não consigo viver, não consigo me juntar. Noite e manhã, nos piores horários, eu acabo aqui [na casa da irmã]”, lamentou.

Nota da Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a paciente chegou em estado grave ao Hmib, sendo prontamente atendida: “Ela foi direto para a sala amarela, fez todos os procedimentos e exames e foi regulada na UTI. Todo o atendimento foi realizado pela equipe, mas, diante da gravidade do quadro, ela veio a óbito”.

“A Secretaria de Saúde informa, ainda, que o comitê de óbito ainda está investigando a causa da morte e possui um prazo para divulgá-la. A pasta esclarece que está dentro deste prazo e deve informar o resultado nos próximos dias”, acrescentou a pasta.

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