Uma mulher de 74 anos anos foi impedida de alugar um apartamento na Vila Dimas, em Taguatinga Sul, por conta da idade, na última sexta-feira (7/7). Ao demonstrar interesse em um imóvel, a aposentada e pensionista Maria Lia da Conceição foi informada pela imobiliária Know How que além dos pré-requisitos, seria necessário apresentar um atestado de sanidade mental para fechar o contrato de aluguel.
Inicialmente, Maria perguntou se poderia ser fiadora da neta, Letícia Alves, que tinha o intuito de alugar o apartamento, mas não cumpria com todos pré-requisitos. O corretor informou que não era permitido, porque a idade máxima era 65 anos.
Diante do impedimento, a aposentada perguntou se poderia alugar o imóvel no próprio nome. Mas se deparou com o mesmo obstáculo. De acordo com o funcionário, essa era a norma da empresa, e a pensionista só poderia realizar o aluguel com um atestado de sanidade mental.
Maria Lia afirmou à reportagem do Metrópoles que ficou extremamente chateada com a situação. “Eu fiquei muito triste com isso, me senti humilhada, é muito preconceito. Todo mundo vai envelhecer um dia”, contou.
Veja imagens abaixo:
“Eu sou uma pessoa honesta, vivo de aluguel e pago todas as minhas contas em dia. Mesmo com a idade, eu sou super ativa. Achei isso um absurdo, eu fui muito humilhada, nunca tinha visto acontecer. Disse a eles que isso é crime e fere os direitos previstos no estatuto do idoso”, acrescentou a aposentada.
Não existe nada previsto na legislação que respalde a exigência feita pela imobiliária.
A família registrou o caso na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O que diz a empresa
Em nota, a Imobiliária Know How informou que um dos colaboradores novatos da empresa se confundiu e pediu equivocadamente um documento que atestasse a sanidade mental de Maria Lia, o que confronta as diretrizes da empresa.
“A Imobiliária Know How é uma sólida empresa com mais de 33 anos de mercado em Brasília, referência de integridade e boas práticas. Todas as medidas para apuração e devida responsabilização foram tomadas”, informou o diretor da firma, Ricardo Valim. “Registramos aqui o pedido de desculpas à senhora pelo ocorrido e reforçamos que nenhuma conduta semelhante ocorrerá novamente.”
