CPI dos Atos Antidemocráticos convoca Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ele foi preso preventivamente em operação da PF por supostamente fraudar dados de vacinação

atualizado 18/05/2023 10:52

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Mauro Cid está convocado para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Os deputados distritais aprovaram o requerimento de convocação na manhã desta quinta-feira (18/5).

O pedido, aprovado por unanimidade entre os quatro presentes na sessão, é de Fábio Felix (PSol). O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e foi preso preventivamente em operação da Polícia Federal (PF) por supostamente fraudar dados de vacinação contra a Covid-19.

A CPI ainda aprovou mais dois requerimentos. Um deles, do relator, Hermeto (MDB), pede o convite para oitiva de Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O outro requer ao Ministério do Turismo cópias das fichas de registro de hóspedes que estiveram nos hotéis do Setor Hoteleiro Sul e Norte de Brasília, entre os dias 8 e 14 de dezembro de 2022.

Mauro Cid

O braço direito de Bolsonaro ainda é investigado por participação em uma conversa sobre o planejamento de um golpe de Estado no Brasil, segundo divulgado pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil. A convocação requer o depoimento de Mauro César Cid na condição de testemunha diante dos atos terroristas cometidos por bolsonaristas em Brasília, em de 12 de dezembro de 2022 – data da tentativa de invasão à sede da Polícia Feral (PF) – e em 8 de janeiro de 2023, quando ocorreu a depredação das sedes dos Três Poderes.

“Pesam sobre Mauro Cid diversos indícios de que [ele] teria ultrapassado limites legais na defesa dos interesses de Bolsonaro e de familiares [do presidente], como nos casos das joias [doadas pela Arábia Saudita] e da fraude nos cartões de vacina. Os áudios divulgados levantam suspeitas de que Cid pode ter envolvimento direto com a conspiração que levou aos ataques dos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro. É fundamental que ele seja ouvido pela CPI dos Atos Golpistas”, destacou Fábio Felix.

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Jair Bolsonaro e Mauro Cid

Alan Santos/PR/Divulgação
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Cid com Bolsonaro no debate da TV Globo, na antevéspera do segundo turno das eleições de 2022

Reprodução/TV Globo
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Ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem à Flórida, nos Estados Unidos, em março de 2020

Alan Santos/PR
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A dupla Bolsonaro-Cid, em viagem ao Catar, em 2021

Isac Nóbrega/PR
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O ajudante de ordens carregava a pasta e era o guardião do telefone do ex-presidente

Isac Nóbrega/PR
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Bolsonaro embarca para a Suíça, em janeiro de 2019: Cid estava sempre próximo

Alan Santos/PR
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Cid com Bolsonaro, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019

Alan Santos/PR
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Acompanhado do ajudante de ordens, Bolsonaro visita museu em Dallas, nos Estados Unidos, em 2019

Marcos Corrêa/PR

Segundo a apuração, Mauro César e Ailton Barros, ex-major do Exército Brasileiro e advogado, discutiram, em dezembro de 2022, a execução de um golpe de Estado, por meio do qual as Forças Armadas tomariam o poder no país. A conversa, registrada em três áudios, está sob análise da Polícia Federal (PF).

Em 2022, Ailton Barros se candidatou a deputado estadual do Rio de Janeiro pelo Partido Liberal (PL). Durante a campanha, apresentava-se como “01 do Bolsonaro”.

Um dos áudios recebidos pela PF é de 15 de dezembro de 2022. Na gravação Ailton Barros afirma: “É o seguinte, entre hoje e amanhã, sexta-feira, tem que continuar pressionando o Freire Gomes [então comandante do Exército] para que ele faça o que tem de fazer”.

“Até amanhã à tarde, [com] ele aderindo bem, [que] ele faça um pronunciamento, então, posicionando-se dessa maneira, para defesa do povo brasileiro. E, se ele não aderir, quem tem de fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa – que você viu, né? Está abalada em todo o Brasil”, completou o militar.

Ailton Barros também foi preso no âmbito da Operação Venire, deflagrada pela PF em 3 de maio para investigar uma associação criminosa acusada de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

No total, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, bem como seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Os investigadores vão analisar o material apreendido na operação e colher depoimentos.

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