Uma comissão geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) discutirá o uso medicinal da cannabis. A reunião está marcada para quinta-feira (25/5), às 15h, na Casa. O objetivo do debate é propor meios de regulamentação do decreto federal que prevê o cultivo de plantas para extração de substâncias com fins medicinais.
Dados apresentados pela comissão, levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRCann), detalha que o DF é, proporcionalmente, a unidade da federação com mais pacientes autorizados a usar a cannabis medicinal.
A cada 100 mil habitantes, em média, 121 têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para usar produtos derivados do canabidiol.
A comissão geral é de iniciativa do deputado distrital Max Maciel (PSol), que defende acesso facilitado a medicamentos à base de cannabis.
“Estudos comprovam a eficiência da planta no tratamento de inúmeras doenças, como fibromialgia, depressão, ansiedade, etc. No entanto, o plantio, o cultivo e a colheita da cannabis ainda são proibidos no país. Com isso, os remédios à base de canabidiol precisam ser importados, o que os torna mais caros e, consequentemente, inacessíveis a muitas famílias”, divulgou a assessoria do parlamentar.
O custo mensal para importação do óleo varia de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil, e algumas famílias precisam recorrer à Justiça para conseguir o direito de cultivar a planta, para fabricação do próprio remédio.