A sessão extraordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizada nesta segunda-feira (9/1) terminou em acordo para que os 24 deputados distritais assinem um pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A ideia é apurar responsabilidades nos atos antidemocráticos ocorridos não só nesse domingo (8), mas também em 12 de dezembro, quando um grupo espalhou terror na área central de Brasília após tentar invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte.
Com duração de 180 dias, a CPI pode, se necessário, ser prorrogada por mais 90. Em vez de ter apenas cinco membros, como de costume, esta comissão será composta por sete parlamentares: um de cada bloco constituído na Casa.
Só não foi possível encerrar a sessão já com as assinaturas porque os parlamentares não chegaram a um consenso sobre adjetivos e termos utilizados no requerimento. Fábio Felix (PSol) reclamou, por exemplo, de o texto não se referir ao ataque à sede da PF, ocorrido no mês passado.
Conforme afirmou o líder do GDF na Câmara após as conversas, Robério Negreiros (PSD), o próprio Executivo é favorável à instauração. “Não há objeção nenhuma do governo e fizemos uma construção para que todos possam assinar o requerimento e não ficar algo de um bloco ou um partido”, pontuou.
Já o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), comemora a possibilidade de ter todos os distritais acordando em assinar o requerimento. “A Câmara cumpriu seu papel junto à sociedade. Demos resposta ao que aconteceu. Apresentamos o requerimento e agora vamos colher as assinaturas”, disse.
Após recolhidas as assinaturas, iniciam os trâmites para indicação de nomes, relatoria e presidência.
