Chefe no Iges é demitido após MPDFT abrir investigação de assédio

Em nota, o Iges-DF confirmou o desligamento de Daniel Pires Gusson, na última terça-feira (2/5). MPDFT apura denúncias de fraude e assédio

atualizado 05/05/2023 9:23

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Fotografia colorida de um banner JP Rodrigues/ Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga, desde o fim de 2022, denúncias contra o funcionário do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) Daniel Pires Gusson. Ele foi desligado na última terça-feira (2/5) após a repercussão interna do caso.

O ex-chefe do núcleo de recrutamento e seleção do Iges-DF é investigado por fraudar o processo seletivo que ele utilizou para ingressar no órgão e por diversas práticas de assédio moral contra colegas de trabalho.

Em agosto de 2021, Daniel foi aprovado, em 3º lugar, para o cargo de Analista I. Ele recebeu nota 6 na fase de análise curricular, uma das menores dentre os candidatos, e nota 10 na etapa de entrevista – resultado contestado por ex-funcionários do setor, que o acusaram de ser apadrinhado por político da cidade.

Na fase de apresentação documental, Daniel perdeu o prazo e entregou documentação pouco condizente com a função que iria assumir. Apresentou somente um diploma de tecnólogo em gestão financeira, uma carta de apresentação e uma declaração de estágio.

Ao Metrópoles, ex-funcionários do núcleo de recrutamento e seleção relataram que foram demitidos por Daniel dias após passarem por desentendimentos com ele. Ameaças veladas e diretas também eram uma constante durante a convivência sob a nova direção.

Na contagem dos denunciantes, mais de 11 pessoas tornaram-se alvos do antigo chefe, que havia assumido a função em julho do ano passado — as quais, segundos os afastados, não vinham com motivações condizentes com o ato.

Em nota, o Iges-DF confirmou o desligamento de Daniel, mas não quis comentar o caso.

Procurado, o investigado não respondeu aos questionamentos da reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

O que diz o MPDFT

O promotor Clayton Germano, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), confirmou em conversa com a reportagem que o caso é investigado em duas frentes desde o fim do ano passado. “São dois fatos que estão sendo apurados: o assédio moral e a questão da fraude no processo seletivo”, explica.

Ele ainda diz ter acionado a Corregedoria do Iges-DF para apurar a denúncia, mas que aguarda retorno do órgão para determinar quais serão os próximos passos da investigação. “Enviei documentos e depoimentos para o Iges verificar se ele cometeu alguma irregularidade”, completa.

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