Chacina no DF: motivação de criminosos foi chácara de R$ 2 milhões

O plano dos criminosos envolvia o assassinato de toda a família para tomar posse do imóvel, que fica no Itapoã. Veja a cronologia da chacina

atualizado 27/01/2023 17:24

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Arquivo Pessoal

A chácara em que parte das vítimas da chacina no Distrito Federal morava, no Itapoã, no valor de R$ 2 milhões, foi o que motivou os criminosos a matarem 10 pessoas da mesma família. No local, viviam também Gideon Batista de Menezes, 55 anos, e Horácio Carlos, 49, presos suspeitos da barbárie.

O delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), faz coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (27/1), para informar o desfecho do caso que chocou não só os brasilienses como o país. Cinco suspeitos estão presos.

Conforme os investigadores, Gideon e Horácio, que eram funcionários de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, queriam a chácara para vender em seguida. O plano, então, era assassinar toda a família para tomar posse do imóvel. Inclusive três crianças foram mortas para que não houvesse herdeiros para o terreno dos familiares.

Assim, começaram a planejar a chacina há três meses. Em 23 de outubro, alugaram o cativeiro onde iriam manter as vítimas.

Em dezembro, a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina Marques de Oliveira, vendeu uma casa por R$ 200 mil. Assim, o plano dos criminosos passou a envolver também a outra família de Marcos.

 

Cronologia dos assassinatos

  • 28 de dezembro

O plano começou na chácara, quando Marcos, sua esposa Renata Juliene Belchior, 52, e a filha deles Gabriela Belchior de Oliveira, 25 foram rendidos. O primeiro a ser morto foi Marcos, em 28 de dezembro.

Nesta data, a ideia dos criminosos — Gideon, Fabrício Silva Canhedo, Carolman dos Santos Nogueira e um adolescente de 17 anos — era render Marcos, Renata e Gabriela na chácara. Gideon deu acesso a Carloman e ao menor, no intuito de simular um roubo à chácara. Horácio estava no local e fingiu-se de vítima. No entanto, o Marcus reagiu ao suposto assalto e foi atingido por Carloman com um tiro na nuca.

Depois disso, o grupo criminoso levou Renata, Gabriela e Marcos para a casa usada como cativeiro. Na mesma noite, o homem foi esquartejado na cozinha daquela residência por Gideon e Horácio, que enterraram a vítima no local.

Durante a madrugada, o adolescente entrou em pânico, pulou o muro da casa e fugiu.

  • 4 de janeiro

Já no dia 4 de janeiro, os criminosos levaram Cláudia e a filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira, para o local do cárcere.

Após a venda de uma casa de Cláudia, o grupo simulou, com o celular de Marcos, que Gideon, Horácio e Fabrício ajudariam na mudança para a nova residência da mulher. Quando Cláudia e a filha, Ana Beatriz, entraram na casa nova, foram rendidas por Carloman enquanto os outros fingiam ser vítimas também.

Rendidas, as duas foram levadas ao cativeiro. Renata e Gabriela ficaram em um cômodo e Cláudia e Ana em outro.

  • 12 de janeiro

No dia 12, Thiago recebeu um bilhete atraindo ele, esposa Elizamar da Silva, 39, e os filhos do casal até a chácara no Itapoã. Chegando ao local, Thiago foi rendido. A cabelereira Elizamar foi ao local após sair do trabalho, à noite, e também acabou rendida.

Uma vez que o adolescente não quis mais participar do crime, o grupo precisou de mais um ajudante: Carlos Henrique Alves da Silva, conhecido como “Galego”.

De lá, criminosos seguiram para Cristalina (GO) com a cabelereira e os três filhos dela, onde asfixiaram as vítimas e queimaram o carro de Elizamar. Thiago continuou no cativeiro.

  • 14 de janeiro

Na madrugada do dia 14, Renata e Gabriela foram mortas asfixiadas em Unaí (MG). Tanto Carloman quanto Horácio e Gideon participaram do incêndio do veículo. Por conta das queimaduras, este último ficou de fora da execução das outras mortes.

  • 15 de janeiro

Já Thiago, Cláudia e Ana saíram do cativeiro ainda com vida no dia 15, mas foram esfaqueados na área próxima à cisterna onde seus corpos foram deixados, em Planaltina.

A execução do plano durou 18 dias. Para a PCDF, os executores da chacina fazem parte uma associação criminosa armada.

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