Imagens registradas por moradores do Guará Park – bairro entre Águas Claras e o Guará – flagraram momentos em que um buraco aberto “sugou” carros que passavam por uma via da região.
Em um dos vídeos, gravado na manhã desta quarta-feira (3/1), é possível ver veículos presos e a presença de bastante lama no local.
Pedestres e ciclistas também têm enfrentado prejuízos após as chuvas que atingiram o bairro nesta semana, segundo moradores. Apesar dos riscos, ninguém se feriu.
Veja imagens:
Um morador do Guará Park afirma que o problema afeta a população desde abril de 2023, após a retirada de parte do asfalto de uma via do bairro para instalação do sistema de águas pluviais.
As atividades, que deveriam durar dois meses, segundo ele, têm se arrastado, e o período de chuvas levou à abertura de buracos na pista. Além disso, a precipitação provocou a formação de lama, o que dificulta a visualização do asfalto durante as enxurradas.
“Os problemas que vieram resolver não foram sanados e levaram a outros. Hoje, a situação é de risco total. As casas dos condomínios também sofrem com os impactos das obras. Com as chuvas, temo pelo pior”, afirmou o morador, que pediu para não ser identificado.
Outra pessoa ouvida pela reportagem contou que a população enfrenta dificuldades de acesso ao bairro e que, na manhã desta quarta-feira (3/1), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) informou que fechará a via, na altura das chácaras 54 a 61 da Colônia Agrícola Águas Claras.
Notificações aos responsáveis pela obra
Em nota, a Secretaria de Obras e Infraestrutura informou que concluiu a instalação da rede de águas pluviais na via onde aconteceram os “incidentes”. No entanto, devido à chegada do período chuvoso, não pôde iniciar a pavimentação.
“Assim que tomamos ciência do ocorrido, acionamos o consórcio responsável pela obra, que, prontamente, enviou equipe ao local para prestar atendimento aos motoristas, bem como executar todos os paliativos necessários a fim de garantir a trafegabilidade e segurança da via”, comunicou a pasta.
A secretaria acrescentou que, em dezembro, notificou o consórcio responsável pela obra e pediu a manutenção de equipes responsáveis pela execução dos “serviços paliativos”, de modo a garantir a “trafegabilidade das vias em obras, a segurança de motoristas e pedestres e o pleno acesso às moradias e aos comércios da região”.
“Em virtude da lentidão na execução dos serviços, o consórcio Bernardo Sayão foi notificado diversas vezes, e todas as medidas previstas em lei são adotadas a fim de garantir a execução de todos os serviços previstos em contrato dentro do cronograma estabelecido”, completou o órgão.