Uma afirmação de Julia Fox ao The New York Times deu o que falar entre o público. Segundo a modelo, não houve nada de sexo durante todo o seu relacionamento com o rapper Kanye West, que durou pouco mais de um mês. “Não foi realmente sobre isso”, afirmou.
Apesar de ter sido um relacionamento relâmpago, sabe-se que muitos casais, depois de algum tempo, acabam abrindo mão de ter relações sexuais. Para além das pessoas assexuais – que convivem a falta total, parcial ou condicional de desejo sexual por outras pessoas –, pessoas sexuais também chegam a viver esse tipo de relacionamento.
De acordo com a sexóloga Tamara Zanotelli, dados mostram que a frequência sexual tem caído cada vez mais dentro dos casais. Apesar de frequência não ser, necessariamente, um indicativo de qualidade, o fato é que muitos pares têm se escorado na crença de que “sexo não é tudo” e medindo o sucesso de um relacionamento exclusivamente pelas outras áreas.
“Durante e após o sexo, são liberados hormônios que, inclusive, aumentam a vontade da pessoa de estar com o par. Quando a sexualidade é deixada de lado, a tendência é que eu seja cada vez mais um colega, um amigo do meu parceiro. Isso muitas vezes traduz um medo do término e do julgamento, comodidade…”, afirma.
Mas, fica o questionamento: é possível ter um relacionamento saudável coma total falta de sexo? De uma forma geral, um relacionamento saudável é formado por um conjunto de bem-estar que inclui o prazer sexual e a intimidade. Sem contar que a falta de sexo pode, sem que a pessoa se dê conta, diminuir a qualidade de vida das pessoas de diversas formas.
“A química do sexo é muito importante, as substâncias que ele libera. Ele interfere nos músculos do coração; na qualidade de pele, unhas, cabelo e do sono; na autoestima; na irritabilidade, entre tantas outras coisas”, garante.
