Em participação no Pod Delas, Deborah Secco voltou a falar sobre sexualidade e afirmou que, por muito tempo em sua vida, chegou a fingir orgasmos. De acordo com a atriz, quando mais jovem, o orgasmo e a penetração eram tabus para ela. A global contou que se preocupava apenas em satisfazer os homens.
“Eu não quero que minha filha passe por isso. Eu não quero que ela precise mentir, se submeter e acatar para satisfazer um cara. Eu quero que ela tenha tanto prazer quanto o cara. O sexo é de dois, não é de um. Durante muitos anos, para mim, foi de um. Eu ia lá, deitava, fingia e ia embora, e ninguém fala disso”, desabafou.
O fato de que a vida sexual e o prazer da artista começaram a melhorar quando ela passou a priorizar seu prazer e seu orgasmo reforça a opinião dos especialistas de que, por mais “inofensivo” que possa parecer, fingir um orgasmo é uma forma de ceder à crença de que, na cama, apenas o prazer do homem importa.
“Para não deixar o parceiro insatisfeito ou magoado, ela mente. Mas quando ela faz isso, está dizendo que está tudo bem. Mas não está. Os homens precisam saber quando a mulher não gozou e desenvolver habilidades para ajudar a mulher na descoberta do orgasmo”, explica a terapeuta sexual Luísa Miranda.
É mais sobre ela
A partir do momento em que a mulher não se conecta com ela mesma, ela também não consegue se conectar com o parceiro, o que dificulta a chegada ao orgasmo. A autoconexão, inclusive, é parte essencial.
Segunda a sexóloga, diferente do que muitos homens pensam, não são eles que proporcionam o orgasmo, mas sim a própria mulher. “A gente precisa mudar o discurso de que ‘fulano me fez gozar’. O autoconhecimento é o que vai proporcionar clima para isso. A mulher vai gozar se estiver disposta a se conectar com o momento e com seu corpo e sua mente”, garante.
