Você já ouviu falar em slut-shaming? O termo, em inglês, pode ser traduzido como “constrangendo a vadia”, e é usado para descrever o ato de condenar uma mulher por viver sua sexualidade. Recentemente, a violência foi vivida por Luana Piovani, em uma batalha contra Pedro Scooby, seu ex-marido e pai de seus três filhos.
Em vídeo no seu Instagram, a atriz contou aos seguidores que está sendo processada por Scooby, que quer obrigar Luana a parar de expor suas faltas como pai nas redes sociais. “E eu entendo, porque queima muito o filme dele todas essas vezes que eu venho contar as faltas que ele comete, só que funciona, por isso que eu faço”, disse Piovani.
No processo, artista alegou que foi desqualificada como mãe e mulher. Segundo a atriz, foram arquivadas fotos nuas. “Tem fotos minha nua no meio do processo. Fiquei intrigada, não ‘tava’ entendendo o que as minhas fotos, nua, tem a ver com o fato de ele querer que eu me cale”, questionou.
De acordo com a psicóloga e mestre e estudo de gênero Raquel Banuth, isso reflete como a mulher é vista na sociedade patriarcal, que atribui ao sexo feminino o papel dentro da família de esposa e de mãe: “Nesse espaço, não cabe uma mulher sexualizada. Isso foge do papel celestial, essa ideia conservadora da conduta feminina”, esclarece a especialista.
Na visão da pesquisadora, casos como esse acontecem porque as pessoas têm o objetivo de diminuir uma mulher a partir de sua conduta sexual. A intenção do agressor é envergonhar: “Certamente, se fosse o contrário, o homem nem seria exposto. O shaming (vergonha) recai sempre sobre a mulher”, explica.
