A possibilidade do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ser preso movimentou o cenário político nos últimos dias. Promotores do país norte-americano investigam se o republicano escondeu o uso de US$ 130 mil, aproximadamente R$ 680 mil, para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, com quem teria tido um caso extraconjugal. Apesar do escândalo, Trump não é o único político a ter o nome envolvido em polêmicas sexuais.
Caso Donald Trump
O pagamento de US$ 130 mil feito a Daniels teria acontecido quando Trump trabalhava em sua campanha de candidato à presidência. O valor teria sido desembolsado para evitar que a atriz expusesse o caso que eles tiveram em 2006. Em entrevista dada por ela cinco anos depois, a atriz deu detalhes de como teria acontecido o encontro entre os dois.
A declaração foi dada à revista In Touch Weekly e só foi publicada na íntegra em janeiro de 2018. No bate-papo, Daniels contou que o empresário a chamou para jantar. Ela, então, foi encontrá-lo em um quarto de hotel na Califórnia. “Ele estava esparramado no sofá, assistindo televisão ou algo assim. Ele estava vestindo calças de pijama”, disse à publicação.
Foi nessa entrevista que a atriz afirma ter feito sexo com Trump. Deixando a situação ainda mais polêmica, a “pulada de cerca” do empresário teria acontecido quatro meses após o nascimento do filho caçula, Barron, fruto do relacionamento do bilionário com Melania Trump.
Michael Cohen, advogado do político, foi quem fez o pagamento à atriz. O ex-presidente reembolsou Cohen com a desculpa de que os gastos seriam referentes a “honorários advocatícios”. Caso seja comprovada o suborno, Donald Trump pode ser o primeiro ex-mandatário da Casa Branca a ser preso.
A seguir, relembre outros políticos com polêmicas sexuais no currículo:
Matt Hancock — então ministro do Reino Unido
O ex-ministro da Saúde do Reino Unido também já se “embananou” enquanto cumpria o mandato, durante o governo de Boris Johnson. No auge da pandemia de Covid-19, Matt Hancock, um assíduo defensor do lockdown e das medidas de distanciamento para evitar a disseminação do coronavírus, foi flagrado aos beijos com uma funcionária — em seu escritório e durante o expediente.
Em imagens divulgadas pelo The Sun, em junho de 2021, é possível ver o então secretário de Saúde (que era casado) entrando em seu escritório por volta das 15h. Antes de fechar a porta, ele confere se há alguém no corredor e, então, começa a beijar a assessora. O caso fez Hancock pedir demissão no dia seguinte em que as imagens foram divulgadas. Meses depois, ele e a esposa anunciaram divórcio.
Bill Clinton — então presidente dos Estados Unidos
Além de Trum, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton também se envolveu em um polêmico e escandaloso caso extraconjugal. Casado com Hillary Clinton desde 1975, o então mandatário mantinha, segundo informações reveladas no fim da década de 1990, relações sexuais com uma estagiária de 21 anos da Casa Branca.
À época, o segundo mandato de Clinton estava chegando ao fim e gravações confirmavam o caso extraconjugal dele com Monica Lewinsky, duas décadas mais jovem que o político. Em resposta, Clinton assumiu “parcialmente” o ocorrido e entrou em um processo de impeachment, que não foi concluído por intervenção do Senado estadunidense.
Michael Johnsen — então deputado da Austrália
O deputado Michael Johnsen, do Partido Nacional da Austrália, teve de renunciar ao cargo após ser flagrado contratando os serviços de uma garota de programa durante uma sessão legislativa — ou seja, enquanto trabalhava.
Ainda mais impressionante que isso, as câmeras de segurança mostram que Johnsen contratava a moça para realizar o serviço no próprio parlamento. O caso aconteceu em 2021. Ele teria oferecido mil dólares australianos, cerca de R$ 4,3 mil, pelo trabalho sexual.
Além da contratação de uma garota de programa, outros políticos afirmaram que Johnsen era visto compartilhando pornografia e mensagens de cunho sexual frequentemente.
José Otávio Germano — então deputado do Rio Grande do Sul
Em 2020, o deputado federal José Otávio Germano (PP) foi condenado a pagar R$ 10 mil a uma transexual de Porto Alegre. Isso porque, em 2018, o parlamentar se envolveu em uma polêmica com duas mulheres trans em frente ao prédio em que vivia. De acordo com moradores do local, as mulheres o cobravam por um serviço sexual realizado por uma delas que não foi pago.
Incomodados pela algazarra, os moradores acionaram a Brigada Militar, que enviou três soldados ao local. Um deles, na intenção de apaziguar a situação, subiu até o apartamento de Germano e voltou com a quantia de R$ 2,5 mil. O montante não as deixou satisfeitas, pois a dívida, supostamente, era maior. O caso, meses depois, chegou à Justiça. Germano foi condenado a reembolsar a travesti Emilly D´Avila Silveira.
Bônus: João Dória — então candidato ao governo de São Paulo
Em 2018, durante a campanha do candidato João Dória, o então futuro governador de São Paulo foi envolvido em uma grande polêmica sexual. Um vídeo em que ele supostamente participava de uma orgia com cinco mulheres passou a circular na web.
Após alguns dias, foi comprovado que a produção era uma montagem. Dória teve de vir a público para desmentir as acusações, reforçando que tudo não passava de fake news.
Veja o vídeo em que ele aparece ao lado da esposa, Bia Dória, para falar sobre as acusações infundadas: