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Vídeo: vereador de Curitiba associa hip-hop e rap ao crime organizado

Vídeo mostra vereador Eder Borges, do PP, em discurso preconceituoso durante sessão que analisava moção de apoio ao hip-hop

atualizado 27/04/2023 18:01

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Eder Borges vídeo Reprodução

Um discurso do vereador de Curitiba Eder Borges revoltou artistas e músicos ligados à cultura hip-hop. Filiado ao PP, ele se manifestou, nesta terça-feira (25/4), contra a proposta de tornar o hip-hop patrimônio imaterial do Paraná. O vídeo com a fala preconceituosa circulou nas redes sociais.

“O hip-hop tem uma raiz racista. É íntima a ligação do hip-hop com o crime organizado e com a extrema esquerda, que, na verdade, é a mesma coisa. Uma constante apologia à violência”, declarou Borges.

 

O vereador chamou de “bando de vagabundos” aqueles que estão envolvidos com as manifestações do hip-hop. “Trabalhar que é bom, nada. Bando de vagabundos”.

“Para que serve o hip-hop? Para ensinar os nossos jovens que o crime compensa. É a cultura da glorificação da miséria. A ostentação das coisas mais vis. Sexista. É tudo o que há de pior, porque prega a segregação. Eu questiono a liberdade de expressão nesse ponto”.   

Ao contrário do que expressou o vereador, há décadas, grupos e representantes do hip-hop brasileiro apresentam formas de incentivar os jovens a não entrar no mundo do crime.

A própria produção musical relacionada ao hip-hop tornou-se, ao longo dos anos, uma alternativa de trabalho para milhares de jovens que nasceram em condições desfavoráveis.

Na internet, a representantes da cultura hip-hop reagiram contra as falas do vereador. “O hip-hop salva vidas”, comentou o rapper Lord ADL. “Tem que combater esse tipo de discurso e questionar o que esse cara faz pela sociedade”, disse outro internauta.

Durante a sessão da Câmara de Curitiba, Eder Borges foi repreendido pela vereadora Giorgia Prates (PT), atura do requerimento. “Não se pode banalizar a cultura dos outros. Isso foi uma fala extremamente racista e a gente tem que levar isso em consideração”, disse.

Ao final da votação, a Câmara de Curitiba aprovou a moção de apoio para que o governo do Paraná reconheça o hip-hop como patrimônio imaterial do estado.

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