Uma nova dor de cabeça envolvendo a Lava Jato incomodará Sergio Moro. O ex-coordenador da operação e hoje senador terá de lidar com o desarquivamento de processo que ele mesmo havia colocado sob sigilo ainda em 2017.
O processo foi desarquivado pelo juiz Eduardo Appio, horas antes de ser afastado da 13ª Vara de Curitiba. No auto, uma investigação iniciada em 2016 apura a relação da Força Tarefa da Lava Jato com uma informante.
A informante em questão é Meire Bonfim Poza, então contadora do doleiro Alberto Youssef. Meire é citada em conversas de procuradores da Lava Jato vazadas no que ficou conhecido como “Vaza Jato”.
Nos diálogos, procuradores demonstram preocupação com o depoimento da informante ao procurador da República em São Paulo Osório Barbosa. Os diálogos foram o argumento de Apoio para o desarquivamento do processo.
A investigação desarquivada aponta ainda suposta interferência do Ministério Público Federal em ações da Corregedoria da Polícia Federal. A corregedoria suspeitava das atividades de delegados e agentes federais da Lava Jato entre 2014 e 2016.
O órgão chegou a solicitar a quebra do sigilo telefônico e telemático de 40 números de telefone e 30 endereços de e-mail. Os pedidos acabaram sendo negados, e o processo foi arquivado por Sergio Moro, com o mais alto nível de sigilo.
Entre os investigados estavam seis delegados federais, dois agentes, um escrivão e dois civis.
