A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, lançou nesta quarta-feira (19/7) a primeira edição da Constituição brasileira em língua indígena.
A Constituição em Nheengatu celebra o marco da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) das Nações Unidas. Ela foi feita por 15 indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós.
A cerimônia de lançamento aconteceu no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Rosa Weber lembrou o significado de algumas palavras indígenas e defendeu a valorização da cultura.
“Estamos hoje numa maloca, que aprendi que significa ‘casa de gente’. Estamos aqui, numa maloca, onde vejo algumas crianças, guris e gurias, para tratar do futuro do Brasil, do futuro da casa da nossa gente”, disse a ministra.
Segundo Rosa Weber, os cerca de 305 povos indígenas brasileiros são responsáveis pela preservação de 274 línguas nativas.
“Certa de que o dia de hoje é um marco na história constitucional do nosso país, o meu desejo é que sigamos avançando para juntos concretizarmos o que a nossa Constituição almeja, ou seja, que possamos construir juntos um Brasil verdadeiramente inclusivo”, disse a ministra.