Integrantes da Polícia Federal (PF) que cumpriam ordem de Alexandre de Moraes para apreender telefones e computadores na casa da família Bolsonaro, em Angra dos Reis, chegaram a requisitar todos os celulares que se encontravam na residência.
Inicialmente, os PFs afirmaram que o mandado, que mira Carlos Bolsonaro, determinava a busca de qualquer eletrônico que se encontrasse na residência. O senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, então, intervieram.
Ponderaram que, se a operação mirava um investigado específico, celulares de terceiros não poderiam ser apreendidos. Após argumentações de um lado e de outro, a PF recuou na intenção de coletar todos os aparelhos.
Contudo, a Polícia Federal apreendeu um computador que seria de Tércio Arnaud, assessor de Bolsonaro. Arnaud, que estava no local, chegou a argumentar que o computador seria dele próprio, e não de Carlos.
Para comprovar, digitou a senha na máquina, que tinha o login de “Tércio Arnaud”. A PF, contudo, informou que a apreensão era necessária para que o computador pudesse ser periciado. O telefone do auxiliar não foi apreendido.
Tércio Arnaud é investigado por suposta participação no chamado “Gabinete do Ódio”, que teria o objetivo de atacar adversários de Bolsonaro e disseminar fake news. Arnaud e Bolsonaro negam qualquer movimento nesse sentido.