O presidente Lula concedeu ao ex-presidente do Equador, Guillermo Lasso, a Ordem de Rio Branco, maior honraria do Ministério das Relações Exteriores a personalidades nacionais ou estrangeiras. Em maio deste ano, Lasso dissolveu o parlamento do Equador e convocou novas eleições após a abertura de um processo de impeachment contra ele.
Lasso foi admitido na Ordem do Rio Branco no grau Grã-Cruz, o mais alto da honraria. Neste mês, Lula concedeu o mesmo grau à primeira-dama Janja, à vice-primeira-dama Lu Alckmin e a nove ministros.
O ex-presidente, considerado um político conservador de centro-direita, foi eleito em 2021 e recebeu Jair Bolsonaro, então presidente, em sua cerimônia de posse. Lasso anunciou a dissolução do parlamento do Equador em maio deste ano, um dia antes da primeira audiência de um processo de impeachment aberto contra ele.
Lasso era acusado de peculato e interferência em um contrato de transporte marítimo para exportação de derivados de petróleo. Ele alegava inocência e apontava motivações políticas para as acusações.
A dissolução do parlamento obrigava Lasso a renunciar ao mandato. Por isso, a medida é chamada no país de “morte cruzada”, antecipando as eleições presidenciais e parlamentares no Equador. Lasso poderia disputar novamente as eleições que aconteceram em agosto, mas decidiu não se candidatar novamente.
Após o assassinato de dois candidatos à Presidência do Equador, Daniel Noboa foi eleito em outubro. Ele tomou posse na quinta-feira (23/11), com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.
