Aliados de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente tem sido vítima de uma espécie de “Lava Jato às avessas“. Em conversas reservadas no Congresso Nacional, comparam a atuação de Alexandre de Moraes à de Sergio Moro quando chefiava a operação que prendeu Lula.
O ponto de intercessão, sustentam, seria a forma de atuação em busca de provas incriminatórias. Outrora, Moro foi acusado de agir em conluio com o procuradores do Ministério Público Federal e de forçar delações para alvejar políticos que estivessem na mira.
Agora, bolsonaristas argumentam que Moraes, ao prender assessores do ex-presidente e apreender seus celulares em inquérito que investiga fraude em cartões de vacinação, estaria agindo de forma semelhante.
Por esse raciocínio, as prisões forçariam os assessores a delatarem o ex-presidente. Ao passo que o conteúdo dos celulares apreendidos permitiria acesso a evidências que podem gerar toda uma nova gama de investigações.
Outro ponto citado por aliados de Bolsonaro é a competência do STF para julgar o caso das joias, uma vez que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. A avaliação de aliados é que o ministro tem atuado de forma a concentrar poder.
Como o inquérito é sigiloso, ainda não se sabe se há elementos que atraiam o processo para o Supremo.
Bolsonaristas, contundo, preferem ficar com a tese para si. Verbalizar o raciocínio, dizem, passaria a impressão de que concordam com a anulação das condenações de Lula na Lava Jato.
