O acesso da Polícia Federal (PF) ao celular do deputado Carlos Jordy, alvo da operação Lesa Pátria nesta quinta-feira (18/1), preocupa a oposição ao governo Lula.
Como líder da oposição na Câmara, Jordy tem em seu celular informações e documentos cuja divulgação pode comprometer os planos bolsonaristas no Congresso.
A preocupação foi manifestada pela deputada Bia Kicis, presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara.
“O deputado Calos Jordy, supreendido com a PF em sua casa e seu gabinete hoje, por ordens do ministro Alexandre de Moraes, é o líder da oposição na Câmara. O acesso a seu celular e computador dará, a quem quer eliminar o bolsonarismo, acesso às conversas e estratégias da oposição. Maior ataque ao parlamento e à democracia”, disse a deputada.
O ex-deputado cassado e ex-procurador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, fez avaliação semelhante. Para Dallagnol, “tiradas do contexto”, as informações podem “desfigurar” o trabalho da oposição.
“O acesso ao celular e computador de Jordy dará ao STF, que nas palavras de ministros da própria Corte, vive uma ‘lua de mel’ com o governo Lula, acesso a todas as estratégias da oposição, liderada por Jordy na Câmara dos Deputados”, afirmou Dallagnol.
“Aprendi no caso Intercept, junto com todos que foram atingidos, que acesso ao celular pode servir para tirar do contexto, deturpar e desfigurar um trabalho e pessoas. Qual o valor do celular e computador de Carlos Jordy?”, questionou.
