De acordo com o estudo Digital 2022: Global Overview Report, o número de usuários ativos da internet já somam cinco bilhões de pessoas, ou seja, quase 63% da população mundial. Dentre elas, 4,6 bilhões são usuários de redes sociais.
No Brasil, por exemplo, passamos, em média, 10 horas e 10 minutos on-line, e um terço desse tempo é gasto nas redes sociais. Para valer a máxima de que as marcas precisam estar onde os consumidores estão, já não restam dúvidas de que uma presença digital forte, com estratégia bem definida, é um diferencial competitivo para qualquer negócio que deseja crescer, alavancar suas vendas e fidelizar seus clientes.
Pensando nisso, trouxemos seis tendências do que acreditamos que farão a diferença para a comunicação das marcas em 2023. A primeira delas é apostar em experiências híbridas omnichannel, ou seja, entender que o mundo on-line e off-line estão misturados e conectados.
Saem na frente as marcas que entendem que experiências on-line que se materializam em off-line, e vice-versa, têm maior potencial de engajamento da sua comunidade. Aliás, já falando em comunidade de marca, segue nossa segunda dica: uma boa estratégia de marketing digital deve focar em ações voltadas para o fortalecimento da sua comunidade. No lugar de ser uma marca “panfletária”, que passa o tempo todo falando de si mesma, se autopromovendo, direcione o seu olhar para as dores e necessidades do seu público. Além disso, humanize o seu conteúdo, conte sua história, revele o seu propósito.
Ter um posicionamento de marca bem definido, com apoio às causas e bandeiras, é nossa terceira dica. Pesquisas revelam que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida.
Tudo indica que 2023 será o ano do ativismo, e especialmente os nativos da Geração Z são 57% mais leais às marcas que se importam com causais sociais, de acordo com estudo realizado pela Deloitte. Levar a sério o seu posicionamento tem tudo a ver com a quarta trend: escolha influencers ou creators que realmente compartilhem dos mesmos valores que a sua empresa. Não se deixe, simplesmente, levar pela fama ou o número de seguidores.
Prova disso é o potencial enorme que os microinfluenciadores têm de criar conexões profundas com os seguidores, deixando a mensagem mais próxima e autêntica. Antes de fechar qualquer parceria, pesquise muito, consuma o seu conteúdo, entenda se os seus valores e propósitos estão alinhados. Acredite, o público percebe quando a conexão marca-influencer é verdadeira ou puramente comercial.
As duas últimas tendências também estão relacionadas: a aposta nos vídeos curtos como o formato que seguirá reinando em 2023 – segundo previsões da Cisco, fechamos 2022 com os vídeos representando cerca de 82% do tráfego de internet —, e o uso inteligente de dados para um marketing cada vez mais estratégico e eficiente (o chamado data marketing).
Marcas bem-sucedidas sabem interpretar os dados a seu favor, e entendem que o bom desempenho é resultado de um processo, que envolve mensuração de resultados, erros e acertos, e a possibilidade de recalcular rotas.
Lelê Saddi é influenciadora e empresária, enquanto que Fernando Bento é especialista em marketing digital. Ambos são sócios da agência de comunicação Pop Comunicação.
