Referência. É assim que Kadu Dantas, influenciador digital da área de moda, define a carreira de um digital influencer. Com 41 anos de idade, ele escolheu influenciar na área de moda masculina, e ressalta que a inspiração foi a mãe dele. “Ela era minha referência nos anos 1990. Lindíssima! Eu era adolescente e ela assinava todas as revistas de moda daquela época para comprar as peças de roupas por telefone. Eu adorava ver todo aquele processo”, rememora.
Kadu Dantas começou no nicho em 2012, época que criou o Blog do Kadu, uma plataforma voltada para o público masculino com o “Look do dia”.
Recentemente, o influenciador se juntou a DePedro, marca de moda autêntica e artesanal, e juntos lançaram uma coleção de sandálias que celebram a representatividade nordestina. Casado com o empresário norte-americano Peter Zawel, Dantas tem mais de 300 mil seguidores no Instagram.
Em entrevista ao Metrópoles, Dantas diz que marcas devem acreditar nas sugestões de influencers, pois são eles que conhecem a audiência e o que o público realmente gosta de ver.
Por que escolheu influenciar no nicho de moda?
De certa forma, eu já estava inserido nesse meio desde 2008, quando fundei a Ray Comunicação, assessoria de imprensa com foco em moda. Então, eu vivia a temática 24 horas por dia somado aos fato que já gostava do assunto desde a minha adolescência.
Quais são os principais desafios na carreira de um influenciador digital?
No meu caso, que estou há 11 anos no mercado, é se manter relevante. Hoje, existem centenas de novos influenciadores falando de moda masculina, por isso é tão importante a relevância de quem faz esse trabalho durante tanto tempo.
Qual o desafio que você precisou enfrentar durante esse período que mais te marcou?
Acho que a pandemia. Criar conteúdo de moda naquele momento foi muito difícil, pois as pessoas estavam dentro de casa, preocupadas com as consequências da Covid-19. Foi um momento muito desafiador.
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Quando uma marca te convida para uma publi qual a primeira coisa que você leva em consideração?
Se a marca tem sintonia comigo e com os meus valores. Antigamente, aparecia uma publi e eu pensava, vamos fazer. Hoje, já não é mais assim. Minha audiência me conhece bem e sabe o que faz sentido.
Como vê o mercado de moda masculina brasileiro?
Desde que comecei já mudou bastante. Hoje, temos marcas autorais que não têm medo de fazer uma moda masculina mais ousada, já que elas entenderam que existe público para isso no Brasil. Eu fico bastante feliz em ver elas investindo em bolsas, novos shapes e acessórios que fogem do óbvio.
Quais as dicas você dá para pessoas que querem influenciar nesse nicho?
Coerência, criatividade e disciplina. Além disso, é importante você conhecer seu corpo para saber o que funciona ou não. Posso garantir que não é uma tarefa fácil falar com o homem no Brasil, mas é muito desafiador e eu adoro.
Teve algum trabalho que você fez que te marcou?
Vários. Campanha digital do perfume Light Blue da Dolce & Gabbana em Capri, na Itália. Desfile para o Dolce & Gabbana em Milão, campanha do perfume Le Male, em Paris, com Jean Paul Gaultier, entre muitas outras.
Como você alinha o que uma marca quer que você produza aos seus propósitos e valores?
Nossa, isso é sempre uma discussão.
Quando a marca procura um influenciador é porque ela admira o que ele tem feito durante anos. Por isso, precisa acreditar nas sugestões que trazemos para a marca, pois conhecemos nossa audiência e sabemos o que eles gostam de ver. Sempre insisto no que acredito que seja interessante para ambos os lados.
Como você vê o futuro dos influenciadores digitais da área de moda?
É difícil prever algo. Mas acho que a influência digital está mudando bastante e, cada vez mais, precisamos estar mais alinhados com a nossa audiência e criar conteúdos que realmente façam sentido.
