Graduada em Relações Públicas, Fernanda Brunsizian acaba de assumir o posto de Head de Comunicação da Atlas, HR Tech que permite que empresas contratem pessoas em qualquer lugar do mundo.
A executiva com mais de duas décadas de experiência na área de comunicação terá como missão atuar no mercado brasileiro e na América Latina, contribuindo para o crescimento da marca no local.
Inclusive Fernanda, que já trabalhou em agências de RP, como Edelman e Ketchum, se reportará diretamente a Maíra Gracini, VP de Marketing da Atlas para a América Latina. Além disso, a profissional atuou em marcas como Advanced Micro Devices (AMD), Linkedin, Samsung e RD Station.
Confira a entrevista com a executiva sobre o novo cargo na Atlas:
Como pretende gerenciar as atividades de comunicação no novo cargo?
Fernanda Brunsizian: A comunicação sempre precisa se adaptar ao momento da empresa. No caso, a Atlas está iniciando as atividades no Brasil e muito do trabalho será focado em desenvolvimento de narrativa, construção de marca e aproximação do que chamamos de comunicação de agentes locais — instituições, associações, imprensa, entre outros.
Quais serão os principais desafios a serem enfrentados na Atlas?
Fernanda Brunsizian: Acho que o principal desafio é a mudança de hábito na hora de pensar nas equipes e recrutar. Temos que começar a pensar em talentos ‘sem fronteiras’. Vi muitas empresas que no começo de sua expansão internacional tentavam recrutar no Brasil pessoas que entendiam a complexidade do país em que iam operar.
Então, procuravam mexicanos, espanhóis e ingleses no Brasil em vez de contratar essas pessoas em seus países. Também vejo a exigência de residir no Brasil para muitos cargos que iam trabalhar remotamente. Esse processo pode ser muito facilitado quando você conta com uma empresa como a Atlas, pertencente à categoria EOR — Employer of Record — que pode contratar em qualquer país.
Como pretende contribuir para alavancar a marca?
Fernanda Brunsizian: Já estive em empresas que tinham um grande reconhecimento de marca e participei de construções de marca também, inclusive de um rebranding da RD Station. Pretendo trazer todo meu conhecimento de comunicação para a Atlas, inserindo seu discurso na realidade brasileira e latinoamericana, abrindo um diálogo com a sociedade e contribuindo com o desenvolvimento de empresas e profissionais.
Quais foram os principais trabalhos de comunicação que marcaram sua carreira?
Fernanda Brunsizian: Foram muitos e em diferentes campos, desde grandes patrocínios corporativos na Advanced Micro Devices (AMD), como o da Ferrari; projetos sociais e educacionais na Amazônia pela Samsung; campanhas ligadas a profissões locais no LinkedIn, que tinham a função de ‘tirar’ a cara internacional da plataforma e mostrar como cada país poderia aproveitá-la do seu jeito; expansão internacional e rebranding na RD Station, além da comunicação de aportes e aquisições em todas elas.
Naveguei por diversas áreas da comunicação e hoje posso dizer que tenho um conhecimento multidisciplinar, o que me ajuda muito na hora de pensar em estratégias 360.
Como fará o posicionamento da Atlas na região?
Fernanda Brunsizian: Vamos trabalhar tanto no entendimento do modelo de negócios, como da marca. É uma categoria relativamente nova, pouco conhecida no Brasil e de difícil tradução, por isso ainda usamos a sigla em inglês (EOR). À medida que as empresas entenderem os benefícios de contar com um parceiro assim, poderemos avançar mais nos diferenciais da Atlas.
Eu acredito muito neste novo modelo de ver o mundo. Muitos amigos e amigas minhas tiveram que abrir mão do trabalho no Brasil para acompanhar o(a) parceiro(a) em um desafio internacional e as empresas perderam esses talentos, simplesmente porque foram para outros países.
Isso não é mais necessário e a ideia de poder estar em qualquer lugar nos dá uma grande liberdade de juntar sonhos pessoais com profissionais.
