Com Rebeca Ligabue, Luiz Maza, Júlia Marques, Pedro Ângelo e Igor Teixeira

9 em cada 10 jovens consideram a moda algo crucial para a autoestima

Ética, estética e aceitação são alguns dos motivos que fazem os jovens da geração Z cada vez mais exigentes e apreciadores da moda

atualizado 25/10/2023 16:48

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A moda tem uma história milenar e reflete, não menos que outras artes, as mais diversas características de uma sociedade ou de uma parcela dela. Mais relevante que nunca, a preocupação com a moda se tornou fundamental entre adolescentes e jovens adultos pertencentes à gen Z (geração Z, nascidos entre 1997 e 2010), com poderes de influência nunca antes vistos, incluindo sobre tendências estéticas e valores a serem seguidos por marcas e lojas.

 Comprometimento (nem sempre consistente) com a sustentabilidade, possibilidades no mundo digital e elevação da autoestima fazem parte da construção desse novo olhar sobre a moda. Vem com a gente entender mais esse movimento!

Pesquisas e redes sociais interferem cada vez mais nas escolhas dos jovens

Uma das principais características dos gen Z é o fato de serem nativos digitais, já que, ao serem introduzidos ao mundo, a atual ordem informacional já estava vigente, não sendo necessária a adaptação vivida pelos mais velhos. No âmbito digital, a moda é pauta constante, sendo valorizada e discutida por grande parcela daqueles que pouco diferenciam o on do off-line.

Em 2023, o Google observou um crescimento de 7% no interesse da população por dicas e novidades do mundo fashion. Outros dados mostram que os mais jovens encabeçam esse aumento, já que, para eles, a moda significa mais do que mera estética: 89% dos jovens da geração Z consideram a moda como um elemento crucial para sua autoestima, segundo pesquisa da OLX, plataforma de compra e venda on-line.

Mundo digital faz parte integral da vida da geração Z

 

Moda passou a ser debatida com mais frequência, revela dados do Google

Gen Z: uma geração exigente

O crescimento no interesse pelo tema revela uma mudança na exigência deste público pelo que veste e investe. Entre os jovens, a compra é precedida por pesquisas on-line, avaliações de outros consumidores e o famoso boca a boca

Como um checklist, algumas pautas devem ser cumpridas para que a gen Z aceite consumir de uma loja, entre elas a responsabilidade social das empresas, a sustentabilidade de suas linhas de produção e as atuações em temas como o combate ao racismo e à LGBTfobia

Novas etapas fazem parte do processo de compra on-line

 

Diversidade das marcas interfere na escolha do consumidor jovem

Essas preocupações, somadas a questões financeiras, muito relevantes na faixa etária, criam uma nova tendência de compra no mundo da moda — os brechós. Não mais considerado um lugar de coisas “velhas”, mas sim um espaço de comércio a preços mais acessíveis e revendas sustentáveis, o brechó se multiplicou nas redes sociais e tem cada vez mais adeptos.

Por outro lado, essa procura pela perfeição ética parece ter limites, uma vez que varejistas como a Shein são febre no TikTok e observaram crescimentos astronômicos no mercado brasileiro. E a problemática está no fato de que a marca chinesa, para citar um exemplo, é acusada de trabalho análogo à escravidão e de um impacto ambiental “brutal” em suas produções.

Brechós se tornaram locais importantes para a geração Z

 

A varejista Shein é cercada de polêmicas

A autoestima pela moda

Embora a autoestima não possa ser “comprada”, há instrumentos para chegar a ela que podem. Para ser bem visto por quem está em seu entorno, é necessário, primeiramente, ser bem visto por si mesmo, e a imagem refletida no espelho — muitas vezes negativa — tende a ser valorizada quando se veste com o que se faz sentir bem.

Esse sentimento positivo parte de inspirações e da identificação com o seu estilo, e não apenas seguindo o que está em alta, como um efeito manada. Se vestir de acordo com sua personalidade individual torna os jovens autênticos, com autoconhecimento e, consequentemente, com mais amor-próprio. A autoestima conquistada pelo estilo é traduzida na hora da tomada de decisões, como revela pesquisa realizada em conjunto pelas universidades Columbia, California State e Northridge.

“Se vestir com formalidade, por exemplo, pode influenciar não apenas as visões dos outros e de si mesmo, mas também interferir a tomada de decisões, a partir da influência do estilo no processamento cognitivo”, afirmam os pesquisadores.

Visual pode decidir imagem e tomada de decisão dos jovens

 

A moda impacta diretamente com a autoestima dos jovens

Ressignificada por todas as gerações, a moda é encarada de maneira diferente pela gen Z, que passa a valorizar detalhes antes considerados irrelevantes. Reconhecer no estilo a melhora da visão sobre sua personalidade e aparência é um passo importante na certificação da moda como importante forma de expressão, que ainda interfere na tomada de decisão em momentos cruciais. Já a preocupação com causas sociais e ambientais é de suma importância, mas é possível enxergar que os protestos costumam se limitar à zona de conforto, ao se depararem com lojas que oferecem facilidade e baixos preços.

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