Com Rebeca Ligabue, Luiz Maza, Júlia Marques, Pedro Ângelo e Igor Teixeira

Estilista gaúcho é o primeiro brasileiro a concorrer ao Prêmio LVMH

A 10ª edição do concurso recebeu mais de 2.400 candidaturas. O brasileiro João Maraschin está entre os 22 semifinalistas

atualizado 24/02/2023 13:06

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O estilista João Maraschin, ao lado de uma modelo, posa para foto em um fundo liso cinza. Ele é um homem branco e jovem, de cabelo e barba preta, e usa uma camisa branca. A modelo é uma mulher branca de meia idade, cabelo liso loiro, e usa um top de crochê. - Metrópoles João Maraschin/Divulgação

O conglomerado de luxo LVMH revelou a lista dos semifinalistas da 10ª edição do seu prêmio para novos talentos na moda. A empresa recebeu mais de 2.400 candidaturas e selecionou 22 estilistas para continuar na disputa. Um desses nomes é o do gaúcho João Maraschin, primeiro brasileiro a passar na seletiva.

Vem saber mais!

Internacionalmente, o Brasil não é um país facilmente associado à moda. Apesar de ostentar modelos mundialmente conhecidas, como Gisele Bündchen e Alessandra Ambrosio, poucos estilistas e marcas furaram a bolha. No entanto, o cenário pode mudar, mesmo que a passos lentos, e a entrada de um brasileiro na disputa pelo Prêmio LVMH é uma prova disso. 

O estilista João Maraschin está na lista dos 22 semifinalistas da competição, que engloba ainda nomes como Raul Lopez, estilista norte-americano fundador da Luar, marca que conquistou Dua Lipa e Nicole Kidman com a bolsa hit Ana. Do total, apenas oito irão para a final, em março, quando será escolhido o vencedor.

Além de um prêmio de 300 mil euros, o número um da disputa se beneficiará da estrutura do LVMH. O estilista vencedor passa por uma série de mentorias com experts do mercado que trabalham nas maiores marcas da indústria, como Louis Vuitton, Dior e Fendi

“Hit maker”: o estilista Raul Lopez, um dos semifinalistas do Prêmio LVHM, foi o designer de acessórios do ano de 2022 do CFDA

 

Rachel Scott, da Diotima, é jamaicana radicada em Nova York, nos Estados Unidos. Explora formas e técnicas manual para criar roupas que modelam o corpo

 

Outra semifinalista do Prêmio LVMH é Julie Pelipas, diretora de moda da Vogue Ucrânia, que lançou a Better, empresa que usa apenas estoque morto para criação de roupas

Quem é João Maraschin

Nascido em Caxias do Sul, segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, onde se formou em moda, João Maraschin começou a trabalhar na área ao lado do estilista Ronaldo Fraga. Em 2011, lançou uma marca própria, que encerrou três anos depois.

A virada veio em 2016, quando se mudou para Londres, na Inglaterra, para cursar mestrado na London College of Fashion. Passou pelas marcas JW Anderson e Wales Bonner, até relançar a etiqueta homônima para o trabalho final da pós-graduação.

“João celebra o artesanato por meio de projetos sociais, reaproveitando o estoque morto e defendendo soluções responsáveis”, escreveu o LVMH no anúncio

 

“A minha roupa tem uma proposta mais atemporal com cortes que flertam com uma alfaiataria mais despojada e muito feito à mão”, escreveu o estilista no Ethical Fashion Brazil

 

Em sua primeira coleção, Viajante Estrangeiro, João se inspirou na ideia de se sentir não pertencente a Londres, mas também não mais ao Brasil

 

“Tive uma crise de identidade de não pertencer a lugar nenhum e, ao mesmo tempo, a todos os lugares”, contou o estilista gaúcho sobre a coleção

Maraschin chamou atenção dos jornalistas de moda e do mercado estrangeiro por trabalhar o artesanal com um olhar contemporâneo. Pense em looks de crochê e macramê, por exemplo, em uma paleta de cor atual e com modelagens que fogem do lugar comum.  

“O que eu tenho visto é que, muitas vezes, o manual não parece contemporâneo e o consumidor não se relaciona com o produto porque acha que tem uma cara antiga. Quis olhar para a técnica manual de forma mais moderna e trazer isso para o mercado de luxo”, afirmou o estilista à Vogue Brasil em 2020

Looks com pegada artesanal e estética sofisticada são a marca de João Maraschin. Pense em modelagens elegantes com textura
Moda de luxo com palha? Essa é a ideia de João Maraschin ao explorar materiais não convencionais. A peça foi feita por artesãs de Belo Horizonte, em Minas Gerais

 

Processo, a coleção de primavera/verão 2023 da marca, tinha bordados desfiados com desenhos que pareciam figuras rupestres

 

O bordado das peças da coleção foi feito à mão por artesãos no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais

Outro ponto forte de João Maraschin na disputa é a sustentabilidade. O gaúcho está envolvido em projetos sociais que visam valorizar o feito à mão a partir da capacitação e também procura reaproveitar o estoque morto de tecido e de peças da própria marca.

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