Com Rebeca Ligabue, Luiz Maza, Júlia Marques, Pedro Ângelo e Igor Teixeira

Desafio Metrópoles Fashion & Design 2023: veja o ranking de vencedores

A proposta do concurso era criar uma minicoleção a partir de materiais reaproveitados e fora dos padrões

atualizado 04/09/2023 16:48

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Metrópoles Fashion & Design/Divulgação

O Desafio Metrópoles Fashion & Design 2023 foi lançado em junho deste ano com o objetivo de convidar o público a criar uma minicoleção a partir do reaproveitamento de materiais, a fim de promover a moda sustentável na capital federal. Depois do recebimento dos trabalhos, Ilca Maria Estevão, junto ao time de moda da coluna, com o Metrópoles, decidiu os três finalistas, que foram divulgados aqui. Na última sexta-feira (25/8), uma votação popular foi aberta no perfil do Metrópoles Fashion & Design Festival, por meio dos Stories, para que o ranking final da disputa fosse decidido.

Vem conferir o resultado!

Arte de divulgação do Metrópoles Fashion & Design
O Metrópoles Fashion & Design Festival 2023 ocorrerá nos dias 14 e 15 de setembro, no Museu Nacional da República

 

1º lugar: Pedro Hermano

O primeiro colocado, Pedro Hermano, não sabe exatamente quando começou a própria relação com moda, mas sempre foi ligado à criação de visuais, desde as escolhas de roupas ao estilos de cabelos. Com o tempo, foi se identificando com a comunidade LGBTQIAPN+ e se interessando cada vez mais pelo mundo fashion. Segundo ele, o corpo é a plataforma da moda, e, assim, consegue se expressar.

“Eu tento me comunicar com a moda por meio de muita raiva, trazendo referências do punk, das bandas que eu gosto muito e do visual kei, da bandas de rock japonesas. Então, sempre tudo muito andrógeno”, diz Pedro à coluna.

A partir daí, o designer entrou no mundo drag, um ambiente que, segundo ele, leva a explorar as infinitas possibilidades de proporções e novas perspectivas de gênero. Com a participação, agora profissional, no meio fashion, Pedro afirma que tentará investir cada vez mais na moda que fala sobre autonomia dos corpos de forma viável, sem perder o lado fantasioso destinado ao público.

O bolso invertido garante autenticidade em uma das criações de Pedro Hermano

 

Detalhes completam a coleção

 

O conjunto tem uma identidade visual inconfundível

 

A minicoleção desenvolvida pelo vencedor foi feita a partir de tecidos e materiais de uma coleção passada, que não vingou. Contudo, na disputa, ganhou vida e resultou em verdadeiras obras de arte.

“Eu não tinha tempo para errar. Os materiais eram escassos e não havia tanto tempo. Então, eu tive que pensar em algo que iria dar mesmo certo, e a minha segurança permitiu que fosse bem-sucedida”, ressalta à coluna.

Pedro ainda ressalta a importância de iniciativas locais como a de Ilca Maria Estevão com o Desafio Metrópoles Fashion & Design. Na visão dele, o Distrito Federal é carente disso, apesar de tantas mentes criativas presentes no quadradinho. Ao público, ele agradece as votações e se sente orgulhoso do resultado que alcançou.

“Ser vencedor de um desafio como esse é muito significativo e eu espero que oportunidades como essas continuem acontecendo para que a gente evolua com essa comunidade fashion de Brasília”, finaliza.

Ambos combinados resultaram em uma coleção coesa

 

O plissado feito à mão foi uma das técnicas usadas por Pedro

 

A coleção engloba um tecido tingido com água sanitária

 

2º lugar: Vitória Nina Woronkoff

Vitória Nina Woronkoff ficou em segundo lugar no desafio. Ela conta à coluna que a moda entrou cedo em sua vida. A origem do interesse surgiu a partir das avós, que tricotavam, crochetavam e costuravam.

A segunda colocada revela que já desenhava, e, ao longo do tempo, conectou-se ainda mais com a moda. “É uma das coisas que eu mais amo e tenho certeza todos os dias que é isso que eu quero, apesar da loucura que é trabalhar nessa área profissional.”

A minicoleção foi desenvolvida em parceria com a amiga Nythia Barros. Vitória ressalta que o processo foi bem desafiador, porém satisfatório e divertido. “Foi muito enriquecedor. Eu e a Nythia ficamos muito felizes não só com o resultado, mas também com toda a experiência durante a criação”, assegura.

Todos os visuais apresentados são reaproveitamento de peças jeans

 

O item com enchimento é o destaque da coleção, que pode ser um vestido ou uma calça, mostrando total versatilidade

 

Vale reparar também na saia feita com bolsos

 

Vitória teve a ajuda da amiga Nythia para personalizar as peças com desenhos inspirados em tatuagens old school

 

3º lugar: Fernando Cardoso

À coluna, Fernando revelou as próprias inspirações do mundo da moda e como surgiu a vontade de se inserir no segmento. “Falo da minha avó, da minha mãe, das mulheres do passado que são importantes para mim, das que fizeram história, das mulheres artistas e das empoderadas de todas as formas e expressões. Gosto de pensar na moda democrática, então é sobre falar de todas as mulheres”, reconhece.

A relação com a moda começou ainda na infância. “Minha avó Cristina e minha mãe Maria eram costureiras. Então, eu vivia brincando de ‘assistente’. Ali, aprendi meus primeiros pontos”, lembra.

Fernando agradeceu a oportunidade de participar e poder estar presente no ranking final do Desafio Metrópoles Fashion & Design 2023. Ele ressalta a força que a economia criativa tem para gerar mudanças.

“Amei o desafio de criar essa minicoleção, pois vem de encontro ao que eu acredito como artista: poder usar a moda e arte para construir novas narrativas, abrir reflexão sobre questões sociais que nos atravessam, como o consumo consciente, a moda circular, buscar inovação, e, principalmente, a erradicação de preconceitos”, destaca Fernando, ressaltando também o sentimento de acolhimento ao dar voz a todas essas causas.

Detalhes como pedaços de um CD complementam o look criado por Fernando

 

Ombros estruturados em jeans lembram a moda dos anos 1980, inspiração do participante para o desafio

 

O casaco desenvolvido é uma referência às criações de Coco Chanel

 

Já o detalhe do vestido produzido é o decote feito com um cinto

 

Circuito de oficinas MFDF

Para enriquecer ainda mais a segunda edição do Metrópoles Fashion & Design Festival, Ilca Maria Estevão quis não só trazer novidade à temática principal do evento, que terá 15 brechós da cidade para promover a moda circular, como também desenvolveu uma programação educativa cheia de oportunidades.

Com inúmeras realizações na cena fashion brasiliense, profissionais de referência toparam ministrar o conteúdo. As vagas são limitadas e o prazo de inscrição é até o dia 13 de setembro. Para participar, inscreva-se neste link. Veja as opções:

Oficinas na parte externa do Museu da República

14 de setembro

10h – Oficina de Costura (Senai-DF)
Duração de 3h – 10 vagas

11h30 – Oficina de Pintura em Tecido (Victor Hugo Soulivier – Tela Ambulante)
Duração de 3h – 10 vagas

Duração de 3h – 10 vagas

Duração de 3h – 6 vagas

15 de setembro

10h – Oficina de Bordado (Rachel Potira)

Duração de 3h – 10 vagas

11h – Oficina de Customização Afetiva (Ana Cláudia Braga)

Duração de 3h – 10 vagas

13h – Oficina de Grafite (Nana Bittencourt e Beira)

Duração de 3 – 10 vagas

14h – Oficina de Upcycling (Alisson Abreu e JP Santos)

Duração de 30 minutos – 18 vagas (três pessoas a cada 30 minutos)


Oficinas na parte interna do Museu da República 

Aula – Oficina 3D Fashion (14 e 15 de setembro)

12h30 e 15h30
Mentor: Yuri Arouca
Duração de 20 minutos. Nove pessoas por dia, com direito a um acompanhante cada.

Objetivo: Capacitar os participantes a criar modelos e animações 3D de peças de vestuário utilizando software de modelagem CLO3D e explorando técnicas e conceitos fundamentais também pelo programa Unreal Engine.

Aula – Como usar o Chat GPT no celular (14 de setembro)

18h30
Mentor: Rodrigo Koshino
Duração 1h – 10 pessoas

A programação está recheada de surpresas

 

Metrópoles Fashion & Design 2023

Para movimentar a moda brasiliense, Ilca Maria Estevão promove a segunda edição do Metrópoles Fashion & Design Festival. O evento, que ocorrerá de forma gratuita nos dias 14 e 15 de setembro, também terá experiências gastronômicas e musicais.

Neste ano, o foco do MFDF são brechós locais. Com a proposta de impulsionar a economia criativa e circular, o Museu Nacional da República receberá 15 empresas do segmento. São elas: To Face, Bullseye, GG Garimpei, Reetiqueta, Bela Shop, Desapeguei Bonito, Choose Vintage, Reciclando Luxo, Lixo Mania, Pretty New, Peça Rara, Tela Ambulante, Brechó dos Óculos, Não Kero Maix e Bem QT Quis.

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