Esperada para as próximos meses, a provável troca na presidência do Porto de Santos (SP) abriu uma disputa entre aliados do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB).
Disputam o cargo de diretor-presidente do terminal servidores que trabalharam na gestão de França no governo de São Paulo, na prefeitura de São Vicente (SP) e filiados do PSB com experiência em gestão pública.
O ministro, segundo interlocutores, ainda analisa os currículos e prefere não fazer promessas. O litoral paulista é o berço político de Márcio França, onde ele coleciona favores concedidos e devidos.
Privatização
A possibilidade de privatização do porto é outro ponto polêmico que gera discussões políticas. O governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, insiste na desestatização do espaço.
O governo Lula não é totalmente contra, mas quer mudanças no edital de concessão. O projeto inicial prevê um investimento privado de até R$ 20 bilhões nos terminais do Porto de Santos, ao longo de 30 anos de concessão.
A proposta de Tarcísio, no entanto, carrega um item caro aos petistas: a privatização da autoridade portuária, a qual Lula, Márcio França e outros integrantes do governo federal são contra.